Bullying 30/9/2009 Claudia Corrêa "O tema realmente é preocupante (Migalhas 2.235 - 28/9/09 - "Migas - 9" - clique aqui). Muito preocupante. Ainda mais para quem tem filhos em idade escolar. Conviver com a turma da escola, naturalmente, já é um pouco apreensivo. Crianças, às vezes, são cruéis e não perdoam sequer um deslize do colega. Até aí tudo dentro do esperado, faz parte do crescimento e desenvolvimento. Eis o tal convívio em sociedade, precursor do aprimoramento humano, ingressando na vida das crianças pelas portas das dependências escolares. Porém, cabe a cada um de nós, na condição de pais, estar atento a vida escolar (e social) de nossos rebentos. O que exceder do considerado normal, é preciso ser acompanhado mais de perto. Sim, nossos filhos podem ser a vítima, como também podem ser o causador do 'crime', o cabeça, o problemático. O que também, na verdade, não o isenta da condição de vítima. Em primeiro lugar, vítima de si mesmo: o que estará 'semeando' para si? Toda causa tem um efeito. Qualquer ato de humilhação ou prepotência tem um fundo de complexo de inferioridade, penso eu. A pessoa, supostamente, portadora de uma veemência desmedida, que consequentemente também revela-se controladora e manipuladora, tem necessidade de se apoiar em algo. Não é capaz de se fazer notar espontaneamente, por si só. No fundo, o que este tipo de pessoa quer e precisa é se destacar da 'paisagem'. Infelizmente, acaba se destacando (ou seria se impondo?) de modo negativo. Problemas internos, frustrações e medos todos têm, afinal somos seres ainda em constante estado de aprendizagem. O diferimento de uma pessoa para outra é o modo de lidar com suas fraquezas, com suas inseguranças. É preciso buscar e - encontrar - essa sabedoria em algum lugar. Saber conviver em sociedade requer antes de tudo Boa Vontade para com o outro e a conscientização de que o primeiro passo - sempre - há de ser o nosso. Sinceramente, na minha opinião, acho que um caminho condutor na direção de uma luz no fim do túnel para o término de todo e qualquer tipo de violência, seria o da religião. Penso que, na religião encontramos o suporte necessário para entender, ou quem sabe amenizar, nossas pulsantes e contraditórias emoções. Seja qual for a tormenta, seja qual for a crença; o fato é que a espiritualidade (Fé) nos dá algum tipo de suporte (força?) e preenche o vazio que talvez nos direcione à prática de más condutas, ainda que involuntariamente. É isso aí, Migalhas também é filosofia! Que tal abrirmos espaço para o Divã Migalheiro?" Envie sua Migalha