Hino Nacional

30/9/2009
Alfredo Martins Correia - OAB/SP 104.054

"Como já tive a oportunidade de ponderar aqui neste mesmo e indispensável espaço, a questão de cantar, obrigatoriamente, o hino nacional brasileiro, uma vez por semana, nos remete a outra questão cultural (Migalhas 2.231 - 22/9/09 - "Lei hínica" - clique aqui): o que entendem os que cantam dos versos que entoam? Os exames como do ENEM, e os vestibulares das melhores universidades do ranking, por exemplo, exigem, na prova de redação, não só a criatividade, mas bem, e, principalmente, a interpretação de texto. Isso significa que nosso estudante vê testada a sua capacidade de entender o texto proposto e conjugá-lo com outras informações que possa ter obtido na imprensa (os temas são sempre atualíssimos) e, assim expressar, no melhor português, sua ótica acerca do título em exame. Voltando para o hino nacional obrigatório, é de se perguntar: não deveria ser obrigatório o entendimento do significado da letra de Joaquim Osório Duque Estrada? Quantos de nós cantávamos e ainda cantam (ou apenas balbuciam) sem atentar para o entendimento de "brado retumbante", "raios fúlgidos", "florão da América" e,especialmente "pátria". Não se olvide que o patriotismo passa pela valorização da cultura de um país, suas belezas naturais e, claro, seus símbolos. Nunca é demais repetir que, nos dias atuais, urge tomar sérias medidas protetórias ao meio ambiente sob pena de termos que alterar a letra do nosso decantado hino para "teus risonhos lindos campos não tem mais flores" e "nossos bosques não tem mais vida" embora nossa vida no teu seio possa ter mais amores..."

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