Honduras

1/10/2009
Olavo Príncipe Credidio – OAB/SP 56.299

"Sr. diretor, quanto à neutralidade eu já comprovei e tanto sou neutro que não fico nem de um lado nem de outro, mesmo porque um voto não serviria pra nada diante de tantos outros, prós e contras, inclusive o do ilustre cidadão que vê, como outros, a caravana passar e nada pode fazer, a não ser rebelar-se. Estou muito velho e muito experiente para agastar-me com que vejo, só analiso. Nenhum deles, esquerda, centro (se é que existe) e direita não leva a nada, infelizmente. Aponte-me um só cidadão, desses todos que disputam, que merecem confiança? Só querem o poder. E dele sobreviver com fartos salários ou honorários, deles e dos seus, íntimos, ou parentes. Essa sociedade, meu amigo, desagrada-me, politicamente e judicialmente. E, infelizmente, sei que daria murros em pontas de facas querendo mudá-la; pois, desde os tempos imemoriais não encontro no homem a intenção de mudar. Quem manda? A desfaçatez, a imoralidade, a intenção de enganar, gregos ou troianos, em suma quem não presta é o homem (a raça humana) que pensa que é alguém ou algo é não é ninguém, tanto que são todos mortais, inclusive eu. Logo... vou vivendo enquanto posso dentro das minhas limitações. Já pensei que tinha uma missão: mudar o Judiciário, para chegar à justiça na acepção da palavra; mas como mudá-lo se ele é composto de homens? Muitos sagazes, inteligentes, e muitos ignorantes (não me refiro à alfabetização), mas a boa-fé, à credulidade. Bem já disse de mais. Quanto à comparação de Marco Antonio, refuto-a. Pelo que sei da história romana ele não era digno de analisar ninguém, tanto que traiu a todos que conviveram com ele: matou Cicero e acumpliciou-se a Brutus, para matar César...Bem que encontrou Augusto. Atenciosamente, "

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