STF

9/10/2009
João Luiz B. Palombini

"Srs., pessoalmente, e antes de mais nada, nada tenho contra o Sr. Ramalho Ortigão, nem muito menos quanto ao Sr. Toffoli. Aliás, ele merece todo o mérito por sua meteórica e discutida carreira, como a Mídia nos dá ciência integral. Todavia, não posso deixar passar esta oportunidade para, no mínimo, registrar que a 'erudição' do Sr. Ortigão é absolutamente válida, porém, diante de os gravíssimos fatos denunciados à exaustão, poderia - ou mesmo –passar despercebida, pois, é notório o caráter político e submisso do nosso Congresso, que o próprio Presidente da República, anos atrás não se vexou em chamar a maioria dos respectivos integrantes de 'picaretas'.  Reconheço que ele estava prevendo algo 'nos céus, além dos aviões de carreira'. O mesmo mandatário, à época, se referia à Família Sarney com expressões chulas, perdoadas por sua absoluta falta de instrução, afinal só viveu nos sindicatos, não se tendo recordação de quando teria ele sequer trabalhado. No que se refere à sua apaixonada defensora, me vejo obrigado a 'ouví-lo', silenciosamente, porque qualquer aditivo seria redundante. Por esses simples e suficientes motivos a 'levíssima' e precária manifestação do Sr. Ortigão, isto sem qualquer desdouro de sua ilustríssima lavra, poderia, ao menos, ser mais positiva, pois, como ele mesmo assevera: 'para que serve mesmo o Senado brasileiro?' Em outras palavras: passou no Senado, por que não passar pela política do supremo mandatário executivo que 'alavanca' este pobre país, com inúmeras bolsas de enunciado e validade discutíveis e outras malsinadas benesses fornecidas com o 'dinheiro da viúva'? É um autêntico fenômeno! Na verdade, esse fenômeno se repete há alguns anos na nossa Academia Brasileira de Letras, em que os outrora Imortais se revolvem em suas tumbas com o ingresso de tantos 'escritores. ' É o Brasil..."

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