Almoço grátis ?

3/11/2009
Elias Felcman - escritório Corrêa Meyer e Felcman Advogados Associados

  • Migalhas 2.259 - 3/11/09 - "Almoço grátis ?"

A Folha de S.Paulo de domingo informava que parte da festa oferecida em homenagem ao novel ministro Toffoli após a sua posse foi patrocinada pela CEF. A Ajufe, que organizou a patuscada, teria pedido dinheiro à Caixa. Hoje, no Estadão, o ministro se defende afirmando que não é problema dele "de onde veio o dinheiro". Nesse caso (que, diga-se, não é isolado), há duas coisas que merecem apontamento. Antes, é de se acreditar que, de fato, o ministro não sabia a fonte dos recursos. Daí, no entanto, a não ser problema dele, são outros quarenta. Quer dizer que qualquer um pode pagar festa para ministro do STF ? Evidentemente que não. Mas voltando ao caso, ele não é isolado porque há outros que aceitam (pior, pedem) patrocínios aqui e acolá para festas, num explícito conflito de interesses. Isso tem de acabar. Outra coisa é o fato de a CEF ser pública. Desde quando o dinheiro de publicidade do banco pode ser usado para pagar festa privada ? A propósito, quando se faz um merchandising, faz-se de olho num mercado. Nesse sentido, qual foi o escopo do pessoal do marketing ao direcionar 40 mil pilas para este job da suprema pândega ?

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"Parabéns pelo texto "Almoço grátis ?" (Migalhas 2.259 - 3/11/09). Como sempre Migalhas soube explanar de forma sucinta uma questão tão relevante. Não surpreende a resposta do novo Ministro, que está plenamente de acordo com as atitudes do governo do qual fez parte e que já merecem a classificação de marca registrada para as respostas: não sabia de nada (vide mensalão, etc.)."

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