Justiça

24/11/2009
Olavo Príncipe Credidio – OAB/SP 56.299

"Sr. diretor, ontem, por acaso, eu li sobre a Revolução Francesa, Danton e Robespierre e o rei D. Luiz XVI e quem a fez. Fico pensando quantos nobres perderam a cabeça e o judiciário de então, quantos juízes? Isso fez-me fazer uma análise quanto à justiça. Quo usque tandem, aceitará o povo esse tipo de justiça que temos comentada pelo jornalista e advogado O. Donnini, na Gazeta de Pinheiros, com a expressão: Justiça Vergonhosa e Negligente, referindo-se ao CNJ? Quem é o culpado? Para mim é o próprio povo ao escolher seus representantes, muitos conhecidos como corruptos (os que roubam, mas fazem), pois eles elaboram as próprias leis na defesa deles, como essa de tão somente o STF, que é escolhido politicamente, julgá-los. Deve-se também à inércia de nosso órgão, a OAB, que não toma providências contra sentenças injustas, criando órgãos capazes, formado por juristas etimólogos, filólogos, hermeneutas, em cada Estado, para analisá-las e pedir punição para seus autores, punição séria não aposentadorias com os rendimentos da ativa, mesmo quando provado serem corruptos. Tenho analisado etimologicamente o termo corrupção, o que é ser corrupto, é aquele que não cumpre fielmente suas funções é corrupto. Se formos ao latim, onde se originou a palavra, encontramos: corruptus: corrompido, depravado, subornado, seduzido, violado. Em Tácito, encontramos: levado pela esperança de roubo; em Lucilius, poeta satírico, subornado, para fazer alguma coisa; em Cicero: 'corruptus judex' em Virgilio; mores corrupta; em Horácio: juiz peitado; em Ovídio: donzela violada; em Quintiliano: que tem o estilo vicioso, corrupto. Desde os tempos imemoriais o termo estendia-se para tudo aquilo, que se sabia imoral; por que hoje não aceitamos, para pôr a justiça em dia, em pratos limpos? Atenciosamente,"

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