Caso Isabella

11/12/2009
Francisco J. T. Cembranelli - Promotor de Justiça

"O autor da migalha 'Caso Isabella', mal esclarecido como sempre e parcial como nunca, não constou que a defesa do casal, caso discordasse visceralmente do local a ser feito novo exame determinado pelo Judiciário, não deveria nem mesmo participar da coleta de material genético nos presídios de Tremembé (6/11), do rompimento dos lacres que vedavam acesso as amostras (25/11) e da apresentação dos perfis genéticos extraídos (9/12), exatamente como requerido, atos para os quais as partes foram devidamente intimadas e participaram, sem objeções processuais de qualquer espécie (Migalhas 2.286 - 10/12/09). Agora, com a notícia de resultado completamente diverso das expectativas dos advogados, fica muito fácil sugerir, singelamente, falta de idoneidade e isenção dos peritos do Instituto de Criminalística de SP como, por sinal, vem acontecendo desde muito. Parece haver uma esforçada tentativa, curiosa até, de se desqualificar o trabalho feito por órgão oficial, sem nada de concreto a desmerecê-lo, ao mesmo tempo em que se cobre de credibilidade 'laboratórios particulares', contratados a 'peso de ouro', naturalmente interessados em bem servir aos seus contratantes. O episódio me fez lembrar daquela criança mimada que participa da pelada de futebol e que, quando perde, sai chorando e dizendo que o leal adversário roubou."

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