Sarney

"Senhores migalheiros, é deveras sagrado e intocável o direito à informação e manifestação do pensamento. Mas o mesmo respeito que cobra das demais instituições, a imprensa, destinatária direta desse direito, respeita-o cobrando de si mesma? Como todas as Instituições, não é salutar ela também ser cobrada?  Afinal, ninguém pode arvorar-se em vestal e repositório da moralidade pública como se arvora a imprensa todo santo dia. E se assim procedem, ou é porque os marinhos, os saad, os macedos e os santos são, de fato, pessoas sérias e honestas, ou porque são mesmo intocáveis e irretocáveis. O Estado e a Sociedade temem a Imprensa.  A Imprensa não teme a ninguém. Seu corporativismo é espantoso! Na literatura de Ruy Barbosa há infindáveis alertas sobre os desvios impunes da Imprensa! Alguém já viu alguma correção de notícia (nas raras vezes que se faz correção!) ganhar na Imprensa a mesma proporção de espaço e tempo que a notícia do fato obteve?"