A vida é como uma viagem em cami-nho de ferro. O trem galopa, e as horas sucedem-se, uniformes e monótonas. Ouve-se, porém, um apito... o trem retarda a marcha, para... É uma estação... E todos corremos, ansiosamente, às janelas do wagon. Quem sabe? é nessa estação da vida que nos vai talvez aparecer o negócio que nos vai enriquecer ou o amigo que nos vai sal-var da preocupação atual, ou a mulher a quem ardentemente havemos de amar e de quem ardentemente havemos de ser amados... E assim vamos, até a estação final, que é a da morte; mas, à hora da morte, ainda apelamos para a vida futura, - para uma outra viagem, cuja estação terminal não podemos conhecer nem sequer imaginar.