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Esquema criminoso

PF deflagra Operação Madset contra suposta venda de decisões judiciais no Tocantins

Entre os alvos da ação está o desembargador e ex-presidente do TJ/TO, Ronaldo Eurípedes de Souza, que foi afastado por determinação do STJ.

Da Redação

terça-feira, 28 de abril de 2020

Atualizado em 29 de abril de 2020 07:01

A PF deflagrou, na manhã desta terça-feira, 28, a Operação Madset, visando desarticular organização criminosa suspeita de negociar decisões judiciais no TJ/TO e branquear os ativos obtidos de forma ilícita. Entre os alvos da ação está o desembargador e ex-presidente do Tribunal, Ronaldo Eurípedes de Souza, que foi afastado por determinação do STJ.

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Aproximadamente 50 policiais Federais cumprem dois mandados de afastamento de função pública e sete mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo STJ, além de 25 intimações, nas cidades de Palmas/TO e São Paulo/SP. O STJ também determinou a indisponibilidade de cerca de R$ 4 milhões em bens dos investigados. Contudo, o montante das vantagens indevidas obtidas pela organização criminosa pode ser ainda maior.

A ação é resultado dos avanços de investigações conduzidas pela Superintendência da Polícia Federal no Tocantins, após a deflagração da denominada operação Toth, em 2018.

Os investigados são suspeitos de atuarem na negociação, intermediação e elaboração de decisões judiciais para a obtenção de vantagem financeira indevida, utilizando-se, em seguida, de interpostas pessoas, operações em espécie, associações veladas, empréstimos fictícios, contratos de gaveta, transações imobiliárias e atividade rural, para ocultar e dissimular a real origem e propriedade do patrimônio ilícito.

Além da obtenção de novas provas, com as ações de hoje, busca-se interromper a continuidade dos crimes, delimitar a conduta dos investigados, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, além de resguardar a aplicação da lei penal.

Os suspeitos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de influência, além de outros ainda sob apuração.

O nome da operação é uma referência a deusa egípcia Madset, filha dos deuses Toth e Maet, associada à justiça assim como sua mãe.

Informações: PF.

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