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Lewandowski reitera acesso de Lula a arquivos da operação Spoofing

Para o ministro, a pequena mostra do material já coletado evidencia, ao menos em tese, uma parceria indevida entre o órgão julgador e a acusação.

Da Redação

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Atualizado às 16:45

Na tarde desta terça-feira, 9, o ministro Ricardo Lewandowski reiterou decisão que garantiu acesso de Lula aos arquivos da operação Spoofing que lhe digam respeito. O entendimento foi proferido na tarde desta terça-feira, 9, durante sessão de julgamentos da 2ª turma do STF. O colegiado analisa pedido de reconsideração feito por Deltan Dallagnol e outros seis procuradores que atuaram na Lava Jato.

 (Imagem: Reprodução)

(Imagem: Reprodução)

Segundo explicou o ministro, todo material até agora exposto refere-se unicamente ao trabalho dos agentes de Estado e não à vida privada de quem quer que seja.

Posteriormente, o ministro também explicou o motivo de ter retirado o sigilo das mensagens. De acordo com a CF, Lewandowski rememorou que o direito à intimidade dos interessados no sigilo "somente subsiste caso não prejudique o interesse público à informação".

No caso do conteúdo das mensagens, Lewandowski afirmou que a pequena mostra do material coligido até agora já se afigura apta a evidenciar, ao menos em tese, uma parceria indevida entre o órgão julgador e a acusação, "além de trazer à lume tratativas internacionais que ensejaram a presença de inúmeras autoridades estrangeiras em solo brasileira, as quais intervieram em investigações à revelia dos trâmites legais".

  • Veja a íntegra do voto do ministro Ricardo Lewandowski.

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"Desfundamentada"

Em sustentação oral nesta sessão, a subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques classificou como "absolutamente desfundamentada" a decisão de Lewandowski, dada no final de dezembro durante o recesso forense, que garantiu o acesso de Lula aos arquivos da operação Spoofing que lhe digam respeito.

Quando começou a votar, Lewandowski esclareceu que não "foi bem assim" que se sucedeu. O ministro salientou que há cerca de três anos a defesa de Lula pede à 13ª vara Federal de Curitiba para ter acesso a ações penais em que o ex-presidente figura como réu, especialmente em relação ao acordo de leniência da Odebrecht no que se refere às perícias.

Lewandowski também justificou que sua decisão cuidou do acesso de mensagens a terceiros para que não vazasse informações que nada tinham a ver com o caso. Segundo o relator, S. Exa. cuidou de cercar o acesso de todos os cuidados, mediante a supervisão de peritos da PF.

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