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Pronunciamento | Dia das Mães

Michelle Bolsonaro pode ser investigada por propaganda antecipada

Deputado acionou a PGR alegando que houve desvio de finalidade e propaganda eleitoral antecipada no pronunciamento de Dia das Mães.

Da Redação

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Atualizado às 14:22

Nesta segunda-feira, 9, o deputado Federal Rui Falcão acionou a PGR pedindo que a primeira-dama Michelle Bolsonaro seja investigada por sua participação no pronunciamento em comemoração ao Dia das Mães. O parlamentar alega que houve desvio de finalidade e propaganda eleitoral antecipada no caso.

Na noite de ontem, data em que se comemorou o Dia das Mães, houve um pronunciamento da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, em conjunto com a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Veja a íntegra:

No documento encaminhado à PGR, Rui Falcão defendeu que somente Cristiane deveria ocupar aquele espaço, para apresentar unicamente temas de relevância e interesse nacional.

"Nesse Dia das Mães - diferentemente do que ocorreu nos outros três anos do Governo Bolsonaro - concedeu-se valiosíssimo espaço publicitário em todas as rádios e TVs do país para que a Primeira-Dama pudesse apresentar-se ao eleitor brasileiro como uma mãe zelosa, como uma mulher abençoada (é isso que a fala da Ministra, logo no início da peça publicitária, sugere) e que é dedicada a diminuir as agruras das muitas mães brasileiras que sofrem para obter meios para educar e criar seus filhos."

Segundo o deputado, é evidente o desvio de finalidade ocorrido no caso.

"A sua ativa participação na peça publicitária, como se percebe com facilidade (e já foi destacado no início desta representação), foi obra do desvio de finalidade e objetivou apenas e unicamente lhe conferir palco para se apresentar como mulher sensível, como uma mãe zelosa e conhecedora das dificuldades que afligem a maioria das mães brasileiras, buscando com isso não apenas benefícios pessoais próprios pelo seu enaltecimento, mas também melhorar a imagem desgastada do Presidente da República junto ao eleitorado feminino brasileiro."

Além da improbidade administrativa, o parlamentar disse que houve propaganda eleitoral antecipada.

"Ela apresentou, ao longo de sua fala e naquilo que foi ajudada pela Ministra, as supostas boas ações do Governo Federal em benefício das mães brasileiras, cumprindo o roteiro clássico das propagandas eleitorais de manuais de publicidade que revelam a importância de indicar os méritos dos gestores que postulam a reeleição através da apresentação laudatória de sua obra."

Com efeito, pediu que a PGR receba a representação e apure o caso.

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