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Ato pela Democracia

Confira minuto a minuto como foi o ato na USP em prol da democracia

Migalhas acompanhou in loco. Confira a cobertura.

Da Redação

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Atualizado em 12 de agosto de 2022 09:01

Aconteceu nesta quinta-feira, 11, ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral na Faculdade de Direito da USP, no Largo S. Francisco, em São Paulo. Migalhas acompanhou in loco, e trouxe atualização das manifestações em tempo real.

O ato iniciou com a leitura de um manifesto subscrito por 107 entidades no salão nobre. Após, foi lida, no território livre das Arcadas, a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito".

Para assinar a carta, clique aqui.

Assista à leitura:


Confira a cobertura, em tempo real:

7h - O dia amanhece frio e nublado em São Paulo. A Faculdade de Direito estampa na fachada do prédio os dizeres "Estado de Direito Sempre".


8h - Migalhas já está posicionado no Largo São Francisco, onde será realizado o grande ato deste 11 de Agosto pela defesa da democracia.


8h28 - Policiamento reforçado ao redor da Faculdade, inclusive com a cavalaria da Polícia Militar.


8h31 - Sala das Becas está vazia, pois estão todos no Páteo.



8h42 - "Por um Brasil livre da fome", o MST realiza um banquetaço na porta da Faculdade. Padarias doaram mais de 4 mil pães, que serão distribuídos tanto para manifestantes quanto para a população em situação de vulnerabilidade.


8h47 - Fotógrafo das Arcadas a postos em meio às centenas de fotógrafos e jornalistas da imprensa do mundo todo.


8h50 - Um grande telão montado em frente à Faculdade transmitirá a leitura da Carta e discursos do ato.


8h52 - Importantes nomes do Direito já se encontram no páteo da Faculdade.


9h - Movimentação de pessoas em frente à Faculdade.


9h05 - O palco está montado. Por volta das 11h será lida a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito".


9h08 - Grandes nomes do Direito, ministros, advogados e antigos alunos das Arcadas já estão posicionados no Salão Nobre, onde às 10h o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias fará a leitura da carta dos empresários. 


9h12 - Entre os presentes estão o jurista Miguel Reale Júnior, o ministro do STJ Sebastião Reis, os professores Antônio de Moraes Pitombo e Pierpaolo Cruz Bottini, a professora Sheila Neder Cerezetti, os advogados Kakay, Igor Tamasauskas e Francisco Petros, o professor Roberto Quiroga, o presidente da AASP Mário Luiz Oliveira da Costa, a presidente do IBCCrim Marina Coelho e o presidente do IASP Renato Silveira.


9h25 - Faixas no páteo estampam a frase: "Para que não se esqueça / Estado de Direito sempre / Para que jamais aconteça / Ditadura nunca mais!"


9h32 - Até o momento, apenas convidados podem ingressar no Salão Nobre. Há mais de 200 credenciados como imprensa.


9h45 - Salão Nobre lotado à espera do início do evento.


9h57 - Entre os presentes estão o jurista Miguel Reale Júnior, o ministro do STJ Sebastião Reis, o ex-ministro José Carlos Dias, o político Fernando Haddad, o diretor da Faculdade de Direito Celso Fernandes Campilongo, os professores Antônio de Moraes Pitombo, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, Pierpaolo Cruz Bottini e Paulo Henrique Lucon, a professora Sheila Neder Cerezetti, os advogados Kakay, Igor Tamasauskas, Oscar Vilhena Vieira e Francisco Petros, o professor Roberto Quiroga, o presidente da AASP Mário Luiz Oliveira da Costa, a presidente do IBCCrim Marina Coelho e o presidente do IASP Renato Silveira.


10h - Com o Salão Nobre lotado, a organização pede que todos se sentem para início do evento.


10h06 - O evento tem início com a execução do hino nacional.


10h10 - Em mesa com paridade de gênero, compõem professor dr. Carlos Gilberto Carlotti Jr., reitor da Universidade, profa. dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda vice-reitora, prof. dr. Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito e profa. dra. Ana Elisa Bechara, vice-diretora da Faculdade de Direito.


10h16: Carlos Gilberto Carlotti Jr. é aplaudido de pé após discurso. "Espero que essa mobilização nos coloque novamente no caminho correto. (...) Aqui no nosso território livre, afirmamos: o destino que queremos é de uma vida digna da nossa gente. Estado Democrático de Direito sempre!"


10h17 - "Estamos aqui em união para defender a democracia, estamos para defender a legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral e o sistema eleitoral com as urnas eletrônicas. Que a vontade do povo brasileiro seja respeitada e soberana. Queremos eleições livres e tranquilas, queremos um processo eleitoral sem fake news, pós-verdades ou intimidações", diz Gilberto Carlotti Jr., reitor da Universidade de São Paulo.


10h20 - Oscar Vilhena discursa na tribuna. "Dada a gravidade do momento que nós vivemos, todos foram capazes, de maneira sublime, generosa, de transcender suas diferenças para se juntar numa única luta, que é a luta pela democracia. Estado de Direito Sempre!"


10h28 -  Do lado de fora da Universidade, multidão acompanha leitura da carta.


10h30 - Beatriz Lorenzo do Nascimento, representante do Coalizão Negra por Direitos: "Enquanto houver racismo, não haverá democracia."


10h38 - O empresário brasileiro Horácio Lafer Piva discursa no momento: "A mobilização da sociedade é a essência da resposta para esse país. O brasileiro cai e se levanta, sempre.(...) Nós temos uma Constituição. Tudo está dito lá. Respeitemo-na. Tudo pela democracia! Sigamos juntos."


10h44 - Francisco Canindé, secretário da UGT - União Geral de Trabalhadores: "Nossa caminhada não pode ser interrompida por ninguém, até que se acabem as desigualdades sociais. A Carta às brasileiras e brasileiros é um documento plural. Este documento não é partidário, mas também não é um bilhete ou uma cartinha, como alguém insinua, haja vista que todas as assinaturas que apoiam essa Carta, se colocadas em linha reta, alcança 70 mil metros. Vamos lutar para garantir o estado de direito sempre e a democracia em primeiro lugar, e o respeito ao resultado das eleições".


10h51 - Patrícia Vanzoloni, presidente da OAB/SP: "Democracia é procedimento, prática. Assim como a felicidade, exige cuidado, vigilância, de quando em quando que nos unamos para reafirmá-la. Precisamos defender a democracia que conhecemos e aprimorar seus mecanismos. Hoje, a hora é de reafirmação.  Tudo o que nós temos é porque pessoas morreram, foram perseguidas, tiveram que sair do país para que tivéssemos isso hoje. (...) Democracia para o corpo social é como oxigênio para o corpo humano: percebemos quando ele falta".


10h55 - Neca Setubal, da fundação Tide Setubal: "Temos que defender o sistema eleitoral, que é comprovadamente um dos melhores no mundo. Somos pioneiros na urna eletrônica, e mostramos que é muito mais factível."


10h57 - Em primeiro plano, José Carlos Dias, José Gregori, Fabio Konder Comparato, signatários da carta de 1977.


11h - Diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, ressaltou que o ato é uma festa do civismo, da democracia e da Constituição. Veja.


11h03 - Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP - Central de Movimentos Populares: "Desemprego não, democracia sempre. Fome não, democracia sempre. Violência política não, democracia sempre. Ditadura nunca mais, democracia sempre!"


11h11 - Bruna Brelaz, presidente da UNE: "Não aceitamos as sanhas de uma tentativa de golpismo que flerta com o esgoto mais sombrio da nossa história. A UNE somos nós."


11h14 - Ex-ministro da Justiça José Carlos Dias fará a leitura do manifesto subscrito por entidades.


11h16 - Do lado de fora, o movimento estudantil se manifesta: "Trabalhador, olha pra cá, eu tô na rua pro seu filho estudar."


11h25 - Para Celso Campilongo, o ato pela democracia de 1977 é insuperável. Segundo ele, à época, os participantes foram muito mais valentes, pois o Brasil passava por um clima de muita hostilidade e medo. Assista.


11h40 - Multidão acompanha ato do lado de fora da Faculdade de Direito.


11h44 - Páteo das Arcadas está lotado a espera da leitura da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito".


11h50 - Começa agora o ato de leitura da Carta.


11h52 - Fala agora, Manuela Moraes, presidenta do Centro Acadêmico 11 de Agosto.


11h54 - Signatários da Carta de 77 estão sentados no palco.


12h00 - Manuela Moraes, presidenta do Centro Acadêmico 11 de Agosto: "Neste dia histórico, pisamos no mesmo terreno em que Luís Gama aprendeu a lutar por um país sem reis e sem escravos." Manuela citou, ainda, Machado de Assis: "Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem mesmo que assim é que a natureza compôs as suas espécies."

"É com esse espírito de luta que iremos derrotar o ódio, barraremos o fascismo nas urnas e nas ruas."


12h02 - Discursa agora Celso Fernandes Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP.


12h09 - Advogada e esposa do mestre Goffredo, Maria Eugenia Raposo da Silva Telles, é saudada e está presente no palco.


12h11 - Está presente Marco Aurélio Carvalho, do Grupo Prerrogativas (Prerrô), um dos organizadores do evento na Faculdade de Direito.


12h18 - Está presente no ato José Roberto Batochio, ex-presidente Nacional da OAB.


12h19 - Acompanhando o ato está Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.


12h19 - Começa agora a leitura da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito".


12h23 - Leem a Carta:

  • A professora da Faculdade de Direito da USP e da Faculdade Zumbi dos Palmares, Eunice de Jesus Prudente;
  • A professora da Faculdade de Direito da USP Maria Paula Dallari Bucci;
  • O ex-ministro do Tribunal Superior Militar Flavio Flores da Cunha Bierrenbach;
  • A professora e vice-diretora da Faculdade de Direito da USP Ana Elisa Liberatore Bechara.

12h26 - Leitura da carta é aplaudida e comemorada em alto e bom som. Confira:


12h17 - O ato foi conduzido pela atriz, pesquisadora, produtora cultural e poeta brasileira Roberta Estrela D'alva. Ao final, ela afirmou: "Esse é o compromisso de mais de 900 mil pessoas que assinaram essa carta, e em breve seremos milhões, afirmando e reafirmando que se, em algum momento, a democracia estiver em risco, nos juntaremos para dizer em alto e bom som que esse país tem memória. Ditadura nunca mais. Tortura nunca mais. Estado de Direito Sempre!"


12h30 - O ato é finalizado com a execução do Hino Nacional, pelo Coralusp 11 de Agosto.


12h41 - Daniela Mercuri discursa e canta a manifestantes da sacada da Faculdade. "O povo não pode parar, a liberdade não pode esperar."


12h49 - Jurista Miguel Reale Jr., disse em entrevista à TV Migalhas que o texto pela democracia ocorre em um momento importantíssimo e vital. Segundo ele, "não passarão aqueles que pensam que haverá retrocesso".


13h03 - Multidão acompanha ato na Faculdade de Direito da USP.


13h28 - Marina Silva afirma que manifesto representa sinal de vigília ativa. Assista aqui.


13h40 - "Não tem arma de fogo, a nossa arma é votar", disse o esportista e jornalista Casagrande. Confira aqui.


14h - Luiza Erundina disse que o momento é de alegria e esperança. Para ela, só o povo é capaz de transformar a realidade, virar o joga e reconquistar direitos perdidos. Assista.


14h12 - Daniela Mercury diz que ato reforça confiança no sistema eleitoral. Confira a entrevista.


14h25 - Almino Afonso disse que o ato foi de uma significação muitíssimo maior que ele podia esperar. Veja aqui.


14h53 - José Afonso da Silva ressaltou que o ato pretende combater toda insinuação de golpe e desrespeito às instituições democráticas. Confira aqui.


15h07 - Silvio de Almeida enfatizou que ato não é apenas uma demonstração, mas sim uma aglutinação de forças que podem mudar o futuro do país. Assista


Carta aos Brasileiros

Há 45 anos, a primeira Carta aos Brasileiros foi lida pelo eterno Mestre Goffredo Telles Junior, no páteo das Arcadas do Largo S. Francisco. O episódio representou importante marco para a redemocratização do país. 

A mensagem goffrediana era de ordem social justa, liberdade e justiça. Ao fim, o brado: "Estado de Direito, já!".

A Carta de agora traz palavras em defesa da democracia e do sistema eleitoral. O documento recorda a lição de Goffredo Telles Júnior, que está estampada em nossa Constituição:

"Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição."

Ao final, brada: "Estado Democrático de Direito Sempre!"

Para aderir, acesse o site oficial (estadodedireitosempre.com) do manifesto.

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