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Norma coletiva

Caixa é condenada por não conceder pausas ergonômicas a bancários

Juiz reconheceu que a Caixa descumpriu normas internas e coletivas que garantem pausas regulares para prevenir doenças ocupacionais em funções repetitivas.

Da Redação

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Atualizado às 15:31

A Justiça do Trabalho condenou a Caixa Econômica Federal ao pagamento de indenização por descumprir o intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, previsto em norma interna e em instrumentos coletivos, a empregados que exercem as funções de caixa executivo, caixa ponto de venda e caixa ponto de venda FII.

A ação civil pública foi proposta pelo Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro. O sindicato sustentou que a instituição financeira deixou de cumprir a obrigação de conceder pausas regulares aos trabalhadores que realizam atividades com movimentos repetitivos dos membros superiores e da coluna vertebral.

 (Imagem: Pedro França/Brazil Photo Press/Folhapress)

Caixa é condenada a indenizar caixas bancários por suprimir pausas ergonômicas.(Imagem: Pedro França/Brazil Photo Press/Folhapress)

Na sentença, o juiz Flávio Alves Pereira, da 69ª vara do Trabalho do Rio de Janeiro, citou a Portaria MTP 423/21, que determina a pausa mínima de 10 minutos a cada 50 trabalhados, sem desconto na jornada.

Segundo o magistrado, a medida visa prevenir doenças ocupacionais, como LER e DORT, e deve ser aplicada a todas as funções que envolvam movimentos repetitivos, não apenas à digitação.

O juiz destacou ainda que a obrigação da Caixa foi firmada após um histórico de adoecimento ocupacional dos empregados e possui natureza de título executivo extrajudicial, conforme o art. 876, parágrafo único, da CLT, vinculando a conduta da empresa.

Para Márcio Cordero, sócio do escritório AJS - Cortez & Advogados Associados e representante do Sindicato no processo, a decisão é uma vitória importante para os bancários. "A Caixa, além de não cumprir as normas e a legislação vigente, desrespeitava o direito dos trabalhadores prejudicando sua saúde, desautorizando o intervalo de descanso", explicou.

Leia aqui a sentença.

AJS - Cortez & Advogados Associados

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