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Proposta de lei

Câmara aprova proposta que cria licença menstrual

Trabalhadora precisará apresentar laudo médico e poderá se afastar por até dois dias. Texto segue para o Senado.

Da Redação

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Atualizado às 18:07

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 28, projeto de lei que cria a chamada "licença menstrual", permitindo o afastamento do trabalho por até dois dias consecutivos por mês para mulheres que apresentem sintomas graves relacionados ao período menstrual. A proposta agora segue para análise do Senado.

Pelo texto aprovado, o afastamento será remunerado e poderá ser solicitado por trabalhadoras com carteira assinada, estagiárias e empregadas domésticas. Para ter direito ao benefício, será necessário apresentar laudo médico que comprove as condições debilitantes que impeçam a realização das atividades profissionais.

 (Imagem: Freepik)

Câmara aprova PL que cria licença-menstrual.(Imagem: Freepik)

O projeto aprovado modifica três normas para incorporar a licença-menstrual:

  • CLT, incluindo o afastamento entre as faltas justificadas;
  • Lei do Estágio, para garantir o direito também às estagiárias;
  • LC 150/15, que trata do trabalho doméstico.

Regulamentação e validade do laudo

Caberá ao Poder Executivo definir o prazo de validade do laudo médico, a forma de apresentação e a periodicidade de renovação, levando em conta as peculiaridades das atividades desempenhadas por cada trabalhadora.

Versão modificada

Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, a relatora do projeto, deputada professora Marcivania, apresentou um substitutivo ao PL 1.249/22, de autoria da deputada Jandira Feghali. O texto consolidou sugestões de outras proposições e de comissões da Câmara, como as de Defesa dos Direitos da Mulher e de Administração e Serviço Público.

Segundo Marcivania, a medida representa um avanço histórico:

"O substitutivo traz relevante contribuição à legislação trabalhista brasileira, historicamente concebida sob uma lógica masculina que pouco incorporou as especificidades das mulheres."

A deputada destacou ainda que o projeto é um instrumento de equidade e de prevenção em saúde ocupacional.

Na versão original, Jandira Feghali havia sugerido uma licença de até três dias por mês, mas o limite foi reduzido para dois no texto aprovado.

A parlamentar lembrou que cerca de 15% das mulheres sofrem com sintomas intensos durante o ciclo menstrual, como cólicas fortes e dores abdominais, que podem comprometer a rotina e a produtividade.

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