TRT-2 alerta para golpes que simulam contatos da Justiça do Trabalho
Criminosos usam comunicações falsas para solicitar dados pessoais e pagamentos; tribunal esclarece que não cobra valores e orienta redobrar a atenção.
Da Redação
terça-feira, 30 de dezembro de 2025
Atualizado às 11:13
O TRT da 2ª região emitiu alerta à população sobre a atuação de criminosos que vêm utilizando, de forma indevida, o nome da Justiça do Trabalho, do próprio tribunal e de advogados regularmente inscritos para a prática de golpes.
As fraudes ocorrem principalmente por meio de mensagens eletrônicas, e-mails, telefonemas e aplicativos de mensagens, que simulam comunicações oficiais para enganar as vítimas.
Segundo o tribunal, com o avanço das tecnologias digitais, as tentativas de estelionato tornaram-se mais sofisticadas, o que exige atenção redobrada de partes, advogados e demais jurisdicionados.
O TRT-2 esclareceu que não solicita depósitos, transferências, taxas ou qualquer pagamento antecipado para liberação de valores de processos, tampouco realiza esse tipo de contato fora dos canais processuais oficiais.
Orientações de prevenção
Como medida preventiva, o TRT da 2ª região orienta:
- não fornecer dados pessoais nem confirmar informações por telefone, e-mail ou aplicativos de mensagens;
- não clicar em links suspeitos nem abrir anexos de remetentes desconhecidos;
- não realizar depósitos ou transferências para contas de terceiros;
- desconfiar de contatos que prometam liberação rápida de valores mediante pagamento.
Em caso de dúvida sobre a autenticidade de uma comunicação, a recomendação é não responder à mensagem e buscar confirmação pelos canais oficiais, com o advogado responsável pelo processo, a secretaria da vara onde tramita a ação ou a Central Telefônica Service Desk, pelo telefone (11) 2898-3443.
Principais golpes identificados
Entre as fraudes mais recorrentes estão o envio de boletos, duplicatas ou mensagens solicitando pagamento, sob a falsa alegação de que o valor seria necessário para liberar quantias supostamente retidas em processos judiciais.
Outro golpe frequente é o do falso advogado, já alertado pela OAB/SP, que inclusive lançou uma plataforma para verificação da identidade de profissionais.
Nessa modalidade, criminosos se passam por profissionais da advocacia para obter informações pessoais de partes em processos e solicitar pagamentos indevidos. Centenas de denúncias sobre casos semelhantes foram registradas na Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, que apura a atuação de quadrilhas especializadas.
Há ainda o envio de mensagens que simulam comunicações do PJe - Processo Judicial Eletrônico - ou de sistemas de acompanhamento processual, com o objetivo de induzir o destinatário a clicar em links maliciosos, fornecer dados pessoais ou permitir a instalação de programas que comprometem a segurança do computador.
Também foram registrados contatos telefônicos ou mensagens feitas por supostos representantes da Justiça, informando a existência de valores a receber e solicitando transferências bancárias.
Nesses casos, a orientação é nunca efetuar pagamentos a desconhecidos e buscar confirmação diretamente com o advogado constituído ou com a unidade judiciária responsável.
Golpes mais antigos, como o do falso precatório, também continuam sendo reutilizados. Essa fraude promete o recebimento de valores ligados a supostos créditos antigos, como perdas decorrentes do congelamento da poupança nos anos 1990.
O tribunal esclarece que não realiza contatos diretos com credores para tratar de recebimento de valores fora do trâmite processual regular.
Informações: TRT da 2ª região.






