A proposta de reforma do CC reflete uma realidade que já bate à nossa porta: as famílias não seguem mais o mesmo padrão. Elas são diversas, compostas por diferentes arranjos. Ao mesmo tempo, o patrimônio também se tornou mais complexo — envolve empresas, investimentos, imóveis, bens digitais e até questões transnacionais.
Diante disso, o antigo modelo sucessório, engessado e muitas vezes desconectado da realidade atual, se mostra insuficiente. O desejo de cada pessoa de ter mais autonomia sobre o destino de seus bens, de proteger seus afetos e de garantir segurança para os seus, não pode mais ser ignorado pelo ordenamento jurídico.
A sucessão, que por muito tempo foi tratada apenas como um tema para “quando a vida acaba”, hoje se posiciona como um planejamento de vida. Quem se antecipa, organiza e estrutura seu patrimônio, evita conflitos, protege sua família e preserva a continuidade dos negócios e do legado construído.
O futuro das sucessões exige conhecimento e ação. É tempo de buscar informação, entender os impactos dessa reforma e, sobretudo, se planejar. O planejamento sucessório não é um privilégio dos grandes patrimônios, mas uma ferramenta de cuidado, proteção e amor para qualquer família que deseja segurança e paz.