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Planejamento empresarial em M&A o por que a integração com o tributário é essencial

Operações de M&A exigem mais do que estratégia negocial: A atuação conjunta com o tributário é decisiva para evitar passivos e maximizar o valor da transação.

4/6/2025

Planejamento empresarial em M&A por que a integração com o tributário é essencial de um M&A bem-sucedido, está a atuação multidisciplinar e coordenada. A área empresarial define a estrutura societária, negocia os instrumentos e garante segurança contratual. A contabilidade e o financeiro levantam os indicadores e avaliam a viabilidade econômica. A área trabalhista mapeia riscos com colaborações e passivos. E o tributário... o tributário tem papel estratégico essencial: evitar perdas ocultas, mitigar riscos fiscais e estruturar a operação com inteligência fiscal.

Nesse contexto, o acordo de sócios é uma peça-chave. É nele que se estabelecem regras de governança, saída e entrada de sócios, distribuição de lucros, sucessão, não concorrência, entre outras cláusulas sensíveis. Um acordo de sócios estruturado com base em uma leitura fiscal correta garante que os direitos e deveres de cada parte estejam alinhados à realidade tributária da empresa pós-transação. Em suma, o sucesso do M&A não está apenas no fechamento do negócio, mas na qualidade da estruturação e na integração entre as diferentes especialidades jurídicas e técnicas envolvidas.

1. Não há due diligence empresarial sem análise fiscal

M&A é um processo delicado que requer cuidados especiais como, a análise de contratos, quadro societário, contingências trabalhistas e estrutura organizacional são essenciais. Mas ela se torna frágil se desconectada da realidade fiscal da empresa. O passivo tributário pode ser um dos maiores riscos ocultos de uma aquisição e, muitas vezes, não está evidente nos documentos societários.

Somente com a atuação de um especialista tributário é possível:

2. Forma da operação impacta diretamente na carga tributária

Importante destacar que fusão, incorporação, aquisição de ativos ou de participação societária, cada modelo tem implicações fiscais distintas:

Sem uma estratégia tributária integrada ao desenho empresarial da operação, é comum que empresas paguem mais impostos do que o necessário ou assumam riscos evitáveis.

3. Valoração e estrutura contratual dependem da fotografia fiscal

No momento da precificação da empresa-alvo leva-se em conta não apenas sua rentabilidade, mas seus passivos em especial os ocultos. Um levantamento fiscal eficiente pode impactar diretamente:

Do ponto de vista contratual, a colaboração entre empresarial e tributário garante que as disposições sejam equilibradas, protejam o adquirente e estejam juridicamente embasadas.

4. Casos concretos mostram que M&A sem integração fiscal é um risco

Empresas que realizaram aquisições sem due diligence tributária adequada foram surpreendidas por:

Por outro lado, casos de sucesso revelam empresas que economizaram milhões com estruturas societárias e tributárias bem desenhadas antes da conclusão da transação.

O M&A é uma jornada estratégica e técnica. A integração entre os departamentos empresarial e tributário é o que garante que essa jornada seja segura, eficiente e lucrativa. Nenhuma aquisição deve ser concretizada sem esse alinhamento. Os escritórios de advocacia, tem a oportunidade de entregar solução completa ao empresariado. Para as empresas, é uma diferença que separa o crescimento da ruína estratégica.

Erik Dangelo de Sousa Matos
Atuo com expertise na área tributária e com foco estratégico em Compliance Tributário, tenho dedicado minha carreira a oferecer soluções jurídicas sólidas e inovadoras para empresas.

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