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O impacto da IA no mercado de trabalho: Substituição ou transformação?

A inteligência artificial não extingue empregos. Ela redefine caminhos. O segredo está em se reinventar, dominar novas habilidades e fazer da tecnologia uma aliada, não uma ameaça.

4/7/2025

O impacto da IA no mercado de trabalho: Substituição ou transformação?

A inteligência artificial não extingue empregos. Ela redefine caminhos. O segredo está em se reinventar, dominar novas habilidades e fazer da tecnologia uma aliada, não uma ameaça.

Uma nova era de produtividade e desafios

A IA - inteligência artificial emergiu como a força mais disruptiva do século XXI. Não se trata apenas de uma evolução tecnológica, mas de uma redefinição do trabalho humano. Ao automatizar decisões, interpretar contextos e gerar conteúdo, a IA desafia paradigmas consolidados e provoca uma pergunta inevitável: seremos substituídos ou transformados?

A automatização vai nos roubar os empregos?

A resposta é simples: não necessariamente! A história mostra que toda inovação de impacto - da máquina a vapor à internet - causou temores semelhantes. Inicialmente, há perda de postos em setores mais automatizáveis, como telemarketing, análise de dados repetitivos e rotinas jurídicas. Contudo, há também o nascimento de novas funções e o redesenho de antigas.

O Fórum Econômico Mundial prevê que, até 2025, mais empregos serão criados do que eliminados graças à IA. O que muda, portanto, não é a quantidade de trabalho, mas sua natureza.

O surgimento de um novo trabalhador

A IA não substitui o ser humano em sua totalidade, mas em partes. Ela assume tarefas, não propósitos. Assim, profissionais que souberem operar inteligentemente com as máquinas - e não contra elas - terão vantagens competitivas claras.

Esses profissionais do futuro serão:

Embora a IA evolua, há competências tipicamente humanas que permanecerão valiosas e até mais exigidas:

Cabe às empresas promover uma cultura de requalificação permanente, investindo em capacitação e reposicionamento interno. Já os governos devem criar políticas públicas voltadas à educação tecnológica, inclusão digital e proteção social adaptada à nova realidade do trabalho híbrido.

Sem essas iniciativas, o abismo entre qualificados e excluídos tende a aumentar, ampliando desigualdades econômicas e sociais.

Fim de empregos ou reinvenção do trabalho?

Portanto, a presença crescente da inteligência artificial no mercado de trabalho não representa um apocalipse profissional, uma sentença de extinção, mas, sim, uma convocação à transformação, um convite à reinvenção. A substituição existe, de fato, para aqueles que não se adaptarem. Os que resistirem à mudança poderão, efetivamente, enfrentar a obsolescência.

Contudo, os que compreenderem as novas dinâmicas e se prepararem para o futuro encontrarão na IA uma poderosa aliada - catalisadora de criatividade, amplificadora de produtividade e porta de entrada para uma reinvenção profissional sem precedentes.

A escolha é individual: resistir ou reinventar-se.

E você, vai assistir à transformação ou ser protagonista dela?

Pamela Andressa de Matos C. M. Marques
Advogada. MBA em IA-Exame/Saint Paul. Especialista em IA com certificação IA Generativa-MIT. Presidente Comissão IA OAB/AC. Membra Comissão Nacional IA CFOAB. Membra Comissões IA OAB/SP e OAB/DF.

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