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OAB/RJ - Corrupção policial é cancro que torna inútil política de segurança pública

Ao comentar as prisões de policiais do Rio acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de drogas, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, afirmou que “a corrupção na polícia é um cancro que torna inútil qualquer política séria e efetiva de segurança pública”. Para Wadih, qualquer política de segurança pública, principalmente no Rio, onde a criminalidade urbana existe há décadas, só será eficaz se a corrupção policial for extirpada.

15/2/2011

Segurança

OAB/RJ - Corrupção policial é cancro que torna inútil política de segurança pública

Ao comentar as prisões de policiais do Rio acusados de corrupção e de manter ligação com traficantes de drogas, o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, afirmou que "a corrupção na polícia é um cancro que torna inútil qualquer política séria e efetiva de segurança pública". Para Wadih, qualquer política de segurança pública, principalmente no Rio, onde a criminalidade urbana existe há décadas, só será eficaz se a corrupção policial for extirpada.

Na avaliação do presidente da OAB/RJ, a corrupção nas Polícias é um problema antigo no Rio e nunca se percebeu vontade política de combatê-lo. No entanto, a OAB/RJ vê com bons olhos a Operação Guilhotina – deflagrada pela Polícia Federal na última sexta e comandada pela Secretaria de Segurança Pública do Rio –, uma vez que indica existir por parte das autoridades públicas de segurança vontade política para enfrentar esse "cancro" no aparato policial do Estado. "Devemos aplaudi-la, mas, obviamente, não podemos deixar de ressaltar que a Operação não pode prescindir dos elementos de legalidade e nem deixar de assegurar aos acusados amplo e efetivo direito de defesa".

Ainda segundo Wadih Damous, a Operação Guilhotina complementa a política de pacificação e uma nova visão que passa a prevalecer na segurança pública do Rio de Janeiro, de combate mais inteligente ao tráfico armado e às milícias. Anteriormente, disse Damous, as ações levavam à morte de muitos inocentes e de policiais. Agora, com as UPPS e os investimentos sociais nas favelas, vê-se uma política inteligente e cidadã de segurança pública. "Esperamos que essa Operação Guilhotina livre a população dos maus policiais e que reduza a corrupção policial a níveis insignificantes. Isso é o que todo cidadão espera", finalizou.

A Operação Guilhotina prendeu, ao todo, cerca de 600 agentes, entre policiais Federais e das forças Estaduais. Foram cumpridos 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, além de 48 mandados de busca e apreensão. As investigações partiram do vazamento de dados durante outra operação policial, que teve como objetivo prender traficantes.

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