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Advogados pedem acesso a inquérito em que João Santana teria sido citado na Lava Jato

"É estarrecedor que jornalistas obtenham diuturnamente informações detalhadas acerca da investigação (...) enquanto os advogados devidamente habilitados estejam sendo tolhidos de sua prerrogativa", afirmaram os advogados.

15/2/2016

A imprensa divulgou nos últimos dias que a Lava Jato investiga pagamentos atribuídos a subsidiárias da Odebrecht em contas no exterior controladas por João Santana – responsável pelo marketing político de campanhas do PT.

Com base nas notícias, os advogados de Santana, Fábio Tofic Simantob e Débora Gonçalves Perez (Tofic Simantob Advogados) encaminharam petição ao juiz Sérgio Moro pedindo "imediato acesso aos autos do inquérito que envolve o peticionário".

"É estarrecedor que jornalistas obtenham diuturnamente informações detalhadas acerca da investigação – inclusive sobre 'acordo de cooperação' com a Suíça –, enquanto os advogados devidamente habilitados estejam sendo tolhidos de sua prerrogativa profissional de ter acesso ao conteúdo do inquérito."

No documento, os advogados destacam que devido a informações inicialmente divulgadas na revista Veja, realizaram o pedido à PF curitibana. No entanto, passados 9 dias, ele não teria sido apreciado. "A recentíssima alteração legal trazida pela lei 13.245/2016 estabelece que a autoridade policial que nega aos advogados acesso à investigação em curso será responsabilizada criminalmente por abuso de autoridade", destacaram.

Esclarecimento

A respeito da matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo no fim da semana passada, envolvendo a investigação, o advogado Fábio Tofic esclareceu em nota que João Santana nunca negou que possui empresas no exterior – "até porque é público e notório tratar-se do profissional de marketing político brasileiro com maior destaque no exterior".

"Certo, porém, de que o vazamento de informações privadas e sigilosas é prática que configura crime, prefere aguardar para apresentar os detalhes de sua vida financeira às autoridades competentes. Enquanto isto, aguarda pacientemente que, depois de vasculhar atentamente seus escaninhos, a Polícia Federal possa responder a consulta feita há dias pelos advogados sobre se há ou não inquérito policial instaurado para investigá-lo."

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