Florival Rocha, pai da ministra e atual presidente do STF, Cármen Lúcia, morreu na manhã desta quinta-feira, 9, aos 98 anos.
Rocha morava em Espinosa, cidade que fica no norte de Minas, a 690 quilômetros de Belo Horizonte. Era comerciante na cidade, dono de posto de combustíveis e lojas de eletrodomésticos e de material de construção.
No último fim de semana, a ministra foi a Espinosa visitar o pai, que já tinha a saúde debilitada.
A mãe de Cármen Lúcia, Anésia Antunes Rocha, faleceu há cerca de 15 anos. Além da ministra, Florival deixa seis filhos.
Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.
Planos econômicos
Em fevereiro do ano passado, Florival Rocha desistiu de ação ajuizada contra a CEF referente à correção dos planos econômicos. A decisão levou à extinção do processo, abrindo a possibilidade de que fosse dada continuidade ao julgamento dos planos econômicos no STF.
A ministra Cármen Lúcia havia se declarado impedida para julgar o caso, devido à ação em que seu pai questionava a correção a menor da caderneta de poupança.
À época, a decisão do pai da ministra, além de recolocá-la no processo, sinalizou uma grandeza de propósitos. Florival Rocha abriu mão de ganhos individuais (a causa já estava ganha) para que centenas de milhares de pessoas pudessem ver resolvidos seus processos.