Recentemente, Migalhas divulgou notícia de juiz que mandou um advogado emendar a petição, utilizando a ABNT, porque o documento anterior estava muito “carregado”. O caso levantou debates acerca de um tema que vem crescendo muito no Direito brasileiro: o Legal Design.
Para quem sabe utilizar essa ferramenta, tem nas mãos um grande trunfo: documentos jurídicos que pensam na experiência do jurisdicionado retém mais atenção e são mais bem compreendidos. É o que indicou a pesquisa realizada pela Bits Academy, startup especializada em soluções de Legal Design para empresas e escritórios de advocacia.
O Legal Design é a aplicação de elementos de design, priorizando a experiência do usuário, em documentos ou produtos jurídicos. O objetivo é que os textos jurídicos sejam posicionados e disponibilizados de forma mais compreensível.
A pesquisa foi realizada com 463 voluntários, em 20 Estados, chegando a seis principais resultados:
O uso das cores verde e vermelho para concordar e discordar podem influenciar o usuário
Cláusulas que ocupam espaço menor dentro das margens do arquivo tem uma fluidez de leitura maior
Elementos gráficos auxiliam na compreensão de textos em documentos jurídicos
Os usuários de documentos jurídicos preferem documentos elaborados com as técnicas de legal design em vez dos tradicionais documentos com apenas textos
O uso exagerado de cores vibrantes pode não ser agradável
De acordo com a pesquisa, os usuários de documentos jurídicos interagem mais com documentos que possuem elementos de legal design, em comparação com os documentos tradicionais. “Isso também significa que de alguma forma, o seu nível de atenção aumenta em relação ao documento analisado”, foi o que disse o estudo.
- Leia a íntegra da pesquisa.