A Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrou neste domingo, 20, a operação Desfaçatez, com o objetivo de desarticular um núcleo criminoso que promovia discursos de ódio, maus-tratos a animais, incentivo à automutilação e planejamento de atos violentos em ambientes virtuais.
Três homens investigados foram detidos em bairros distintos da capital fluminense: Vicente de Carvalho, na Zona Norte, e Bangu, na Zona Oeste. Eles são apontados como líderes do grupo e responsáveis por ações coordenadas que envolviam adolescentes e adultos em redes sociais e aplicativos de mensagens.
De acordo com a apuração, o grupo articulava práticas de extrema crueldade, como a automutilação coletiva de meninas, violência contra animais e incitação ao extremismo religioso.
Segundo as investigações, um dos crimes em planejamento era o assassinato brutal de um homem em situação de rua, que ocorreria neste domingo com transmissão ao vivo pela internet.
A ofensiva teve como base o monitoramento feito pelo Ciberlab - Laboratório de Operações Cibernéticas, da Senasp - Secretaria Nacional de Segurança Pública (), por meio da Diopi - Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência. O trabalho contou ainda com apoio do Núcleo de Observação e Análise Digital da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Um dos presos se apresentava publicamente como ativista ambiental e protetor de animais, numa tentativa de mascarar sua verdadeira atuação nas redes, onde disseminava conteúdos de extrema violência.
A operação foi batizada como “Desfaçatez” justamente para evidenciar o contraste entre a imagem pública de respeito à vida e a conduta perversa nos bastidores digitais.
Com informações do Gov.br.