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Evento da AASP destaca juristas negras e reforça compromisso com justiça antirracista

Mesa de abertura traz lideranças femininas da Advocacia e reflexões sobre a crescente presença de mulheres em cargos de importância.

29/7/2025

Com uma programação intensa e diversificada, o "Congresso Nacional de Juristas Negras – Vozes de Julho: Tecendo a Justiça" reuniu especialistas de todo o país para debater igualdade racial, direitos humanos e inovação no Direito sob a perspectiva do protagonismo negro.

O evento foi idealizado pela AASP - Associação dos Advogados, em parceria com a OAB/SP, o IASP e o IBCCRIM. “Mais do que uma parceria institucional, este congresso representa um pacto ético entre instituições que reconhecem sua responsabilidade histórica com a construção de um Direito mais justo, plural e coerente com os princípios constitucionais que nos regem”, afirma Patrícia Anastácio, conselheira da AASP e coordenadora do Congresso.

A mesa de abertura, "Justiça em movimento: Entidades por um sistema antirracista", reuniu lideranças de instituições jurídicas comprometidas com a promoção da equidade racial. Participaram do painel Renata Castello Branco Mariz de Oliveira, presidente da AASP; Carina Quito, vice-presidente do IBCCRIM; Daniela Magalhães, vice-presidente da OAB/SP; Diva Zitto, presidente da CAASP; e Marina Coelho, vice-presidente do IASP.

Nosso compromisso com a equidade racial não termina aqui. Este congresso é um passo importante em uma caminhada contínua pela democratização da justiça e pela valorização da pluralidade de vozes no Direito brasileiro”, declarou Renata Castello Branco Mariz de Oliveira.

É fundamental que nos reunamos para falar sobre racismo, sobre mulheres negras e para celebrar esse congresso tão necessário. Esta união nos mostra que o racismo só será superado se as instituições caminharem juntas. Precisamos ser a transformação que desejamos ver no mundo”, afirmou Daniela Magalhães.

Mesa de abertura Congresso Nacional de Juristas Negras - Vozes de Julho: Tecendo a Justiça(Imagem: Divulgação )

De acordo com Diva Zitto, presidente da CAASP - Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo, o evento é mais um marco na história das mulheres negras. “Tenho plena convicção de que é mais um passo na construção que fazemos com as juristas negras, porque é só assim, pegando uma na mão das outras, que vamos avançar e ocupar o lugar que nos é de direito”, explicou.

Segundo Marina Coelho, vice-presidente do IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo, o objetivo é fortalecer o sentimento de pertencimento. “Crescer pela diversidade, crescer para todas as pessoas - e que o poder não seja apenas decidido, que nossas vidas não sejam decididas por pessoas que não têm um lugar de fala”, comentou.

Outro grande destaque da programação foi o painel "O poder da equidade: Lideranças negras transformando o judiciário", com participação de Edilene Lobo, ministra do TSE; Eunice Prudente, professora e jurista; e Vera Lúcia Santana Araújo, também ministra do TSE. O debate ressaltou a importância da representatividade em espaços de poder e o impacto das lideranças negras na construção de um Judiciário mais democrático e comprometido com os direitos humanos.

Para além das discussões acadêmicas e institucionais, o Congresso também foi espaço de afeto, escuta e articulação política. Rodas de conversa e momentos de networking reforçaram a importância da construção coletiva e do fortalecimento das redes de apoio entre profissionais negras.

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