No STF, nesta quinta-feira, 23, durante julgamento em que discute se a vedação ao nepotismo da súmula vinculante 13 se aplica também às nomeações para cargos políticos, ministro Flávio Dino contou um caso curioso para ilustrar a persistência histórica da prática no Brasil.
"Lembro bem de um desembargador de um Estado, que não irei declinar, que me disse: 'Flávio, como é que vai ficar meu gabinete? Minha letra é muito ruim, só minha esposa entende, por isso ela é minha chefe de gabinete’. E eu sugeri que ele treinasse outra pessoa para esta missão", relatou Dino.
Segundo o ministro, o episódio não remonta ao século XIX, mas a "poucas décadas atrás", revelando o quanto o nepotismo ainda era naturalizado nas estruturas do poder público.
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