O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 12, a permanência de Paulo Gonet à frente da PGR por mais um mandato de dois anos. A recondução recebeu 45 votos favoráveis e 26 contrários, superando o mínimo de 41 votos exigidos para a maioria absoluta.
Mais cedo, a CCJ já havia dado aval ao nome do procurador, aprovando o relatório do senador Omar Aziz por 17 votos a 10, no exame da mensagem presidencial que tratava da indicação.
Durante a sabatina na CCJ, senadores concentraram questionamentos sobre a condução dos processos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Gonet defendeu o trabalho da PGR, informando que já foram registradas 715 condenações e 12 absolvições, enquanto 606 ações seguem em tramitação.
Parlamentares elogiaram sua postura institucional, apontando conduta ética e respeito às normas constitucionais. Outros, porém, levantaram dúvidas sobre o grau de independência do procurador em relação ao STF e sobre decisões tomadas em investigações de maior sensibilidade política.
Trajetória
Formado em Direito pela UnB - Universidade de Brasília em 1982, Paulo Gustavo Gonet Branco possui mestrado pela Universidade de Essex, no Reino Unido, e doutorado pela UnB.
Ingressou no Ministério Público do Distrito Federal em 1986, aprovado em primeiro lugar no concurso. No ano seguinte, também ficou em primeiro lugar ao ingressar na carreira de procurador da República.
Gonet ocupa o cargo de procurador-geral da República desde dezembro de 2023, após indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.