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Deltan Dallagnol paga R$ 146 mil a Lula por PowerPoint da Lava Jato

Ex-procurador quitou condenação por danos morais relacionada a PowerPoint que apontava ex-presidente como líder de organização criminosa.

20/12/2025
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O ex-procurador da República Deltan Dallagnol efetuou o pagamento de R$ 146 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cumprimento à condenação por danos morais decorrente da apresentação em PowerPoint utilizada pela força-tarefa da Operação Lava Jato em 2016.

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O comprovante do depósito foi apresentado no dia 3 deste mês ao TJ/SP, onde tramita a execução da condenação.

Segundo consta nos autos, o valor foi arrecadado por meio de doações feitas por apoiadores de Dallagnol.

A quantia corresponde ao montante atualizado da indenização fixada pelo STJ, com incidência de juros e correção monetária.

Deltan Dallagnol pagou R$ 146 mil ao presidente Lula em ação envolvendo apresentação de power point da Lava Jato.(Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress|Leco Viana/Thenews2/Folhapress)

Apresentação e condenação

A condenação tem origem em coletiva de imprensa realizada em 2016, quando Dallagnol apresentou slides que colocavam Lula no centro de um suposto esquema criminoso investigado pela Lava Jato.

A imagem, marcada por círculos e setas, ganhou ampla repercussão na imprensa e nas redes sociais, tornando-se um dos símbolos da atuação da força-tarefa naquele período.

Posteriormente, o STJ entendeu que a apresentação extrapolou os limites da atuação funcional do então procurador e violou direitos da personalidade do ex-presidente.

Em março de 2022, a Corte fixou indenização por danos morais no valor de R$ 75 mil, quantia que, atualizada, alcançou R$ 146 mil.

À época, a defesa de Lula - então representada pelo advogado Cristiano Zanin, hoje ministro do STF - sustentou que a conduta de Dallagnol e de outros integrantes da Lava Jato imputou ao ex-presidente a condição de "comandante e maestro" de uma organização criminosa, sem respaldo em condenação judicial.

A decisão do STJ foi posteriormente questionada no STF pela ANPR – Associação Nacional dos Procuradores da República – e pela defesa de Dallagnol.

Em abril de 2024, ministra Cármen Lúcia rejeitou os recursos apresentados, mantendo integralmente a condenação.

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