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Governo brasileiro envia documentação para dar continuidade ao processo de extradição de Cacciola

2/10/2007


Hoje

Governo brasileiro envia documentação para dar continuidade ao processo de extradição de Cacciola

O governo brasileiro envia hoje à embaixada de Mônaco em Paris toda a documentação exigida para dar continuidade ao processo de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola – preso no principado desde o dia 15 de setembro.

A documentação – com os roteiros cronológicos do processo que incrimina Cacciola e a sentença de 553 páginas traduzidas para o francês – será levada por mala diplomática pelo Itamaraty.

Com isso, o processo passa para uma nova etapa, que é a decisão judicial da Corte de Apelação, que depois será confirmada, ou não, pelo soberano, o príncipe Albert. Em Mônaco, a decisão em última instância cabe ao Poder Executivo, e não ao judiciário. Acredita-se que entre 15 e 30 de novembro o príncipe já tenha a decisão definitiva sobre o assunto.

"A expectativa do governo é positiva", afirmou o ministro da Justiça Tarso Genro. "Não só porque oferecemos reciprocidade, como também já estamos negociando diretamente com o Executivo de Mônaco um acordo de cooperação em matéria judicial e policial". O ministro exerceu um papel preponderante nesses contatos com as autoridades monegascas. No último dia 22, ele foi pessoalmente ao principado conversar com o diretor-geral de Serviços Judiciários, Philipe Narmino, e a procuradora Annie Brunet-Fuster.

Para o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior, o importante não é só a vinda de Cacciola ao Brasil. É preciso bloquear e repatriar os recursos que ele mantém no exterior. "Já determinei ao Departamento de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça que faça gestão junto ao Poder Judiciário, no sentido de verificar precisamente onde possam estar esses recursos", informou.

Segundo Tuma Junior, ainda está sendo feito um levantamento sobre o total evadido por Cacciola. O ex-banqueiro foi condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de desvio de dinheiro público e gestão fraudulenta do bando Marka. A operação junto ao Banco Central gerou um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos.

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