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Jayme Vita Roso, dono da única floresta particular da cidade de São Paulo

Caderno especial "São Paulo 454", publicado no jornal O Estado de S. Paulo no último dia 25/1, destaca em matéria o advogado Jayme Vita Roso, de Jayme Vita Roso Advogados e Consultores Jurídicos, dono da única floresta particular da cidade.

29/1/2008


800 mil árvores

Jayme Vita Roso, dono da única floresta particular da cidade de São Paulo

Caderno especial "São Paulo <_st13a_metricconverter productid="454”" w:st="on">454", publicado no jornal O Estado de S. Paulo no último dia 25/1, destaca em matéria o advogado Jayme Vita Roso, de Jayme Vita Roso Advogados e Consultores Jurídicos, dono da única floresta particular da cidade.

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Ele criou uma floresta em SP

Aos olhos de burocratas da Prefeitura, o advogado Jayme Vita Roso é um louco que não merece atenção. Convém observá-lo melhor. Ele é dono da única floresta particular da cidade - e também de outras capitais brasileiras. Comprou nos anos 60 um terreno de 855 mil metros quadrados e achou que dava para dividi-lo em lotes e vender. Na época já havia muitos descampados, ação de lenheiros ávidos por avançar sobre a mata atlântica. Mas cinco anos de experiência na África e a lembrança de seus antepassados, que devastaram o sul da Itália, acabaram mudando os planos de Roso. Ele decidiu recuperar a floresta. Desde 1979, estima ter plantado mais de 800 mil árvores - 500 mil delas vingaram.

Hoje Vita Roso pode até ser criticado por ter plantado espécies exóticas, como pinus, amoreiras e plátano canadense. Só que, quando ele começou, o conceito de replantio com mata nativa não existia. Há três anos, orientado por um engenheiro ambiental, seus funcionários foram instruídos a seguir a cartilha. Ainda assim, seu pioneirismo rendeu frutos. Ele ressuscitou três nascentes e revitalizou outras duas. Nascentes que viram cursos d’água e correm para a Represa Billings. Um dos mais importantes da Grande São Paulo, o manancial abastece mais de 700 mil pessoas. Outros vizinhos não fazem nada e são tratados da mesma forma pelo poder municipal.

"É muita má vontade ou inveja", diz ele. "Sempre me perguntam por que faço isso, jogo dinheiro fora. Respondo que o bom exemplo vale muito. Mas no Brasil manter uma floresta privada significa arcar com as obrigações e não ter direitos."


Jayme Vita Roso: no lugar de lotes, árvores.

Seu sítio se chama Curucutu Parque Ambiental (agendamento: vitaroso@vitaroso.com.br, tel. 3068-9201/3085-0088) e é a porta de entrada da Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos. É São Paulo, mas ninguém diria isso. Lá se vê e ouve mais os animais que voltaram a povoar o sítio, como veados, antas, micos e cutias, do que os carros que passam alucinados na Rodovia dos Imigrantes, a 8 quilômetros de distância. Ou a 37 quilômetros do centro de Santo Amaro. "Quando vou a São Paulo, volto com dor de cabeça. É muita poluição, cheiro de carro, comida", diz Gilvan Pereira dos Santos, um dos oito funcionários de Vita Roso.

Só recentemente o advogado recebeu apoio de dois amigos e da Fundação Boticário. Coisa de R$ 60 mil. Por mês, ele tira do bolso R$ 20 mil para custear sua propriedade. Na atual administração, participou de um edital para alavancar a APA, criada em 2001. Foi nesse processo que descobriu que os burocratas zombaram de seu projeto. E lhe negaram R$ 30 mil - Vita Roso daria uma contrapartida no mesmo valor para replantar mais árvores. E isso o paulistano, nascido no Cambuci, já sabe fazer.

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21/12/2007 - O advogado Jayme Vita Roso criou e mantém, com recursos próprios, a única floresta urbana de SP - clique aqui

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Fonte: O Estado de S.Paulo - 25/1/2008
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