dr. Pintassilgo

Presidente Epitácio

Em 11 de abril de 2006 a Lei 2002/2006 aprovada pela Câmara Municipal, estabeleceu como data de fundação de Presidente Epitácio o dia 1° de janeiro de 1907.

A chegada dos trilhos da Estrada Ferro Sorocaba,se deu em 1924. Anteriormente, transitavam pela região apenas algumas comitivas de boiadeiros que demandavam o Estado de Mato Grosso, através do Porto Tibiriçá fundado em 1904. Suas terras pertenceram, por doação, a Antonio Mendes Campos Filho, as quais foram vendidas, a 200 mil réis o lote, aos senhores Francisco dos Santos, Manoel Mendes de Oliveira, José de Andrade, Carlos dos Santos, Guilherme Borges dos Santos, Antonio Batista e Maria Julia de Oliveira que são considerados pioneiros da cidade, fundada por Francisco Whitaker.

Em 1924, os trilhos da Estrada de Ferro Sorocaba foram prolongados, atingindo a barranca do rio Paraná. Data dessa época a instalação de porto fluvial de Presidente Epitácio.

Em 1927 foi doada pelo senhor Álvaro Coelho, procurador de Antonio Mendes Campos Filho, uma quadra de terreno, onde foi o Quartel 2º Regimento de Cavalaria da Força Publica do Estado de São Paulo, sob o comando do tenente-coronel Antenor Pereira, substituído pelo Manoel Goya.

Com o advento da Revolução Constitucional, em 1932, o 2.º Regimento de Cavalaria foi transferido para São Paulo.

Em virtude de sua situação geográfica privilegiada, na divisão com os Estados de Paraná e Mato Grosso às margens do rio Paraná, via de fácil escoamento da madeira existente em suas margens, em 1947 foram instaladas varias serrarias em Presidente Epitácio, o que motivou o progresso do distrito a partir daquela data.

Em 7-12-1952 contava o Município com 11 vereadores e 2216 eleitores inscritos. A denominação local dos habitantes é “epitacianos”.

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  • Origem do nome

Homenagem que a maioria dos Municípios da Alta Sorocabana prestaram aos Presidentes da República do Brasil. Com o surgimento do povoado à época que Epitácio da Silva Pessoa era Presidente Epitácio. A cidade é conhecida como "Jóia Ribeirinha", que significa jóia lapidada pelas águas e belas praias do Rio Paraná.

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Locais históricos

Orla Fluvial

A Via Marginal Juliano Ferraz de Lima, que interliga o Cais do Porto à Rodovia SP-270 (Raposo Tavares), com aproximadamente 7Km, abriga em sua extensão inúmeros clubes sociais, esportivos e náuticos e a Vila Tibiriçá, que deu origem à cidade de Pres.Epitácio. Situada em nível superior (5m) em relação ao espelho d'água formado pelo Reservatório, oferece aos visitantes uma visão panorâmica de rara beleza. Somando-se a isso, foram implantados inúmeros equipamentos como: ciclovia e pista para caminhada, mirante, píer turístico, lanchonetes, sambódromo, parques infantis, aparelhos fixos para exercícios de condicionamento físico, eficiente sistema de iluminação, e, em fase final de implantação, um belo projeto paisagístico, construção de anfiteatro e concha acústica.

Ponte "Prof. Maurício Joppert da Silva"

Possui 2500 metros de comprimento, vista como orgulho da engenharia nacional, servindo de elo entre o Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de ser caminho natural para Bolívia e Paraguai. Trata-se de uma das mais importantes obras da engenharia nacional, não só por sua extensão como pelas suas características, tanto de concepção como de execução. Foi construída pelo Governo Federal e inaugurada em 1965.

Casa do Artesão

Localizada na rua Porto Alegre, em confluência com a principal avenida da cidade, ao lado da revitalizada Praça da Matriz , a Casa do Artesão oferece uma variedade de peças e quadros, produto dos artistas locais, que retratam lugares capazes de produzir agradáveis lembranças os visitantes.


Colônia Arpad Falva

Por volta do ano de 1925, instalou-se no município um grupo de pessoas composta por 140 famílias provenientes da Hungria. Com seus usos e costumes, produziram um acervo próprio de sua cultura, com destaque para a edificação da Igreja de Santo Estevão, em 1934. construção simples, com forte influência da arquitetura romana, com bancos de cedro, altar em estilo colonial, bíblias, livros de atas e reuniões em escrita húngara. Localizada a cerca de 10 Km da cidade de Presidente Epitácio, em estrada vicinal interligando ao município de Caiuá representa um importante patrimônio cultural do município.

Igreja de Santo Estevão

Em 1925 famílias húngaras se radicaram no município formando a "Colônia Húngaras" ou "Colônia Alpad", dedicando-se especialmente à cultura do fumo. Vista a 10 km da sede do município. Em 1932 iniciou-se a construção de um templo religioso, que recebeu o nome de Santo Estevão. Construída com forte influência romana, estilo simples em formato quadrangular. Tem como acervo, bancos de cedro, altar estilo colonial, pinturas religiosas, bíblia, livros de reuniões escritos em húngaro.

Igreja de São José

Localiza-se no antigo "Porto Tibiriçá", hoje Vila Bordon. Construída em 1940 pelos marinheiros do Serviço de Navegação da Bacia do Prata, que ali faziam suas orações à Virgem dos Navegantes pedindo proteção para suas viagens e famílias. O acesso à Vila Bordon, onde está localizada a igreja, é de fácil acesso pela via marginal.

Estação

Última estação da linha, o ponto final do inicialmente denominado "ramal do Tibagi" deveria chega a um ponto em Porto Tibiriçá, às margens do rio Paraná, num ponto ainda praticamente virgem. Durante os anos da construção do ramal, que afinal viria a se tornar a linha-tronco da Sorocabana, o nome da localidade foi alterado como uma homenagem ao Presidente Epitácio Pessoa, que acabaria por deixar o cargo exatamente no ano da inauguração - 1922 - da estação, que, quando aberta, já o foi com esse nome. Deixou de receber trens de passageiros em janeiro de 1999, mas a estação permanece aberta recebendo mercadorias que vêm do Mato Grosso do Sul, como grãos e farelo, que embarcam ali.

Histórico de Linha: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.

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