Artigo - A ação da AMB não quer reduzir ou extinguir qualquer competência disciplinar do CNJ

24/10/2011
Ricardo André Gutierra

"Se o prezado Diretor de Migalhas permitir minha manifestação por meio de uma citação de obra de terceiro (Migalhas 2.740 - 21/10/11 - "AMB" - clique aqui): 'Mitologias institucionais brasileiras: do Leviatã paralítico ao Estado de natureza', de Wanderley Guilherme dos Santos (clique aqui). 'Fundamentalmente, a impunidade estimula a repetição da violência e, ao mesmo tempo, faz com que decresça no agressor a expectativa de algo lhe acontecer. Assim, a ausência de punição, ao contrário de oferecer oportunidade, ou segunda chance para que o autor reveja o seu comportamento, constitui ingrediente para a redução nas probabilidades de punição, cálculo do agressor e, senão estímulo, pelo menos redução nas barreiras à repetição da violência. (...) A repetição das ofensas e transgressões termina por provocar, via impunidade, precisamente o que a impunidade deseja evitar: a destruição dos laços de solidariedade comunitária e a instalação, em nível micro, do hobbesianismo social e da tirania dos mais violentos. O que o silêncio produz não é mais a esperança de conservação comunitária, mas o medo, o medo terrível de novas humilhações, novas ofensas, novas agressões, e estas, agora sim, absolutamente aleatórias e erráticas. Mas o medo não se distribui igualmente em uma sociedade desigual. Quem tem medo, quem treme de medo, quem morre de medo no Brasil'?"

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