Artigo - O doce sabor da cana

"Sobre a doçura da cana e o amargo suor do trabalhador (Migalhas 1.900 – 19/5/08 - "Trabalhista" - clique aqui). É fácil impor ao agricultor a pecha de maus tratos ao trabalhador rural, de escravização das atividades e sacralização da Justiça do Trabalho. A análise é simplória. No campo sempre se considerou que 'do couro sai a correia', e para sempre o ditado será realidade. Na cidade a visão é turva pelo idealismo quando deveria ser pela poluição, que também é um crime, e ao que parece nunca será punido, porque para tanto a vida teria que ser suprimida. Então, como pode um julgador da cidade, sentenciar um produtor do sustento alimentar de moradores da urbe insaciável? A coisa está errada. A maioria dos juízes da cidade não conhece um pé de cana. E, julgam. Acertam e erram. A meu ver, o errado é considerar todo usineiro como escravagista e alardear tal suposição como unanimidade. Esquecem-se os moradores da cidade que em muitos lares, suas domésticas são tratadas, uniformizadas, e trabalham sem as mínimas condições. Enfim, tudo é telhado de vidro. É fácil atirar a pedra no telhado do outro."