Artigo - Coisas que incomodam

2/7/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Quanto ao cigarro, como também sou fumante, incomoda a patrulha. Meu irmão e sócio costuma dizer, fumante que é, também, que somos do tempo em que tirávamos do bolso o maço de cigarros e, educadamente, perguntávamos à senhora do lado se o fumo incomodava. E ela, educadamente, respondia que não. Mas, o que fazer? No que se refere às crianças e cachorros, não que devam estar na mesma categoria, mas quando são dos outros, dizia uma amiga mais desbocada, desculpem-me, que são como 'peidos', que cada um agüente os seus. Sábio, não? Na televisão, ainda não entendi o motivo pelo qual os publicitários imaginam que os telespectadores são surdos ou, como seria politicamente correto falar, deficientes auditivos, e tudo tem que ser apresentado aos berros. Ou se assiste com o controle na mão, ou se é surpreendido por aquela gritaria de arrepiar. Acho que é isso o que mais me tira do sério. Aliás, acho que é só isso o que, hoje em dia, me incomoda. Além, é claro, os rolos de papel higiênico, que nunca separam no picote, jamais descolam no lugar certo e sempre se rompem quando não devem. Quanto ao resto, na minha idade assumi um certo ar contemplativo/crítico/reclamante/construtivo, e nada, ou quase nada me incomoda, além do todo o resto mencionado por Sylvia Romano (Migalhas 1.929 – 1/7/08 – "Desconforto" – clique aqui), e uma montanha de outra coisas."

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