Erro trivial é, no ensinar a aritmética, esse modo abstrato, por que usam expô-la; e daí vem que a mor parte dos alunos raro cogitam de achar nos atos quotidianos da vida aplicações do que aprenderam, ou fazer na experiência de portas da escola a fora adaptação prática do que a escola lhes ensina.

O Estado não ensina senão a ciência feita; não tem o direito de inovar, no programa das suas instituições docentes, estudos, especialidades, aplicações, a respeito de cuja utilidade não seja unânime a opinião dos profissionais.

Num país onde o ensino não existe, quem disser que é “conservador em matéria de ensino” volteia as costas ao futuro, e desposa os interesses da ignorância.

A nossa instrução pública cada vez que é reformada, reserva para o observador surpresas admiráveis.