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Manobra

Câmara faz manobra para acelerar PEC de benevolências de Bolsonaro

Texto foi a pensado à PEC dos biocombustíveis, com tramitação mais avançada, e deve ser votado ainda esta semana.

Da Redação

terça-feira, 5 de julho de 2022

Atualizado em 8 de julho de 2022 16:43

No último dia 30, o Senado aprovou uma PEC que amplia o pagamento de benefícios sociais, injetando R$ 41 bilhões, às vésperas das eleições, em programas sociais como Auxílio Brasil e vale-gás, além de auxílios a caminhoneiros, taxistas e outros.

Pela tramitação normal, a PEC de benevolências de Jair Bolsonaro teria de passar por longo processo na Câmara: CCJ, comissão especial, e só então seria liberada para votação em plenário.

Mas, para acelerar a tramitação e ver o texto aprovado ainda antes do recesso de julho, o presidente da Casa Legislativa, Arthur Lira, realizou uma manobra, e apensou o texto a outro, que já tem tramitação mais avançada: a PEC 15/22, chamada PEC dos biocombustíveis, já analisada nas duas etapas principais.

 (Imagem: Gabriela Biló/Folhapress)

Presidente da Câmara, Arthur Lira, e presidente da República, Jair Bolsonaro conversam.(Imagem: Gabriela Biló/Folhapress)

Dessa maneira, o relator, deputado Danilo Forte, passa a ser o relator da PEC dos benefícios. Acredita-se que o relatório do deputado seja apresentado nesta quarta-feira, 6. "Aceitei com muita tranquilidade a missão de relatar a PEC dos Benefícios, e dar um alento à população neste momento delicado. A fome tem pressa."

Às favas com o teto

Na justificativa para a situação de emergência, o texto traz que ela foi provocada pela guerra na Ucrânia e outros fatores, como forma de autorizar o governo a passar por cima da lei de Responsabilidade Fiscal e do teto de gastos para pagar as benesses previstas.

Apesar das críticas, a oposição não votou contra a PEC, receosa de negar auxílio à população em momento de crise. Único senador que votou contra foi José Serra.

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