Muitos profissionais com carreira sólida e formação de excelência se deparam com uma dúvida estratégica ao buscar residência permanente nos Estados Unidos: devo aplicar para o EB-1A ou para o EB-2 NIW? Ambos são vistos concedidos com base em mérito, ou seja, sem a exigência de oferta de trabalho formal, patrocinador ou investimento financeiro. No entanto, cada um tem exigências próprias, vantagens e perfis ideais.
O EB-1A é voltado para pessoas com habilidade extraordinária em áreas como ciência, arte, educação, esportes ou negócios. Para ser aprovado, o candidato precisa comprovar conquistas de destaque nacional ou internacional, como prêmios relevantes, publicações, liderança, contribuições originais ou sucesso comercial excepcional. A USCIS exige o cumprimento de pelo menos 3 dos 10 critérios estabelecidos para essa categoria, ou então a comprovação de um prêmio de reputação mundial, como um Nobel ou Oscar. Trata-se de um visto prioritário, com fila de análise mais rápida, e que pode garantir o green card de forma direta e independente.
Já o EB-2 NIW (National Interest Waiver) exige que o candidato comprove possuir formação avançada (como mestrado, doutorado ou vasta experiência) e demonstre que sua atuação nos EUA trará benefícios substanciais ao interesse nacional. O processo também dispensa o sponsor, mas exige uma análise mais ampla sobre o impacto do trabalho proposto. É possível aplicar com base em mérito regional ou setorial, o que torna essa opção mais acessível para profissionais que ainda não alcançaram projeção internacional, mas que já atuam de forma técnica, relevante e reconhecida.
A principal diferença entre os dois está no grau de notoriedade exigido. O EB-1A é mais rigoroso quanto à comprovação de prestígio e reconhecimento público, enquanto o EB-2 NIW foca no benefício objetivo que a atuação trará para os Estados Unidos. Ambos exigem uma narrativa profissional bem construída, com provas organizadas e alinhadas aos critérios da USCIS.
E onde entra o Business Plan ou o Professional Plan? Ambos os vistos se fortalecem quando o candidato pretende atuar de forma autônoma nos EUA. Nesses casos, um plano estruturado - seja empresarial ou profissional - é essencial para demonstrar viabilidade financeira, impacto no país e continuidade da atuação em território americano. No EB-1A, por exemplo, um artista, consultor ou pesquisador independente pode usar o plano para mostrar como sua carreira seguirá nos EUA com autonomia e relevância. Já no EB-2 NIW, o plano ajuda a comprovar que o trabalho tem mérito substancial e está alinhado ao interesse nacional.
Em resumo: o EB-1A é ideal para quem já tem notoriedade consolidada e consegue provar isso com documentos fortes e reconhecimentos objetivos. O EB-2 NIW é uma excelente alternativa para quem tem formação avançada, trajetória consistente e pode demonstrar que seu trabalho tem valor estratégico para os EUA, ainda que não tenha projeção internacional.
Ambos os caminhos exigem preparo técnico, estratégia jurídica e documentação sólida. Por isso, contar com a orientação de profissionais experientes em imigração e elaboração de Business Plans e Professional Plans é essencial para aumentar suas chances de sucesso.