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Assassinato da juíza de São Gonçalo/RJ relembra outros crimes contra magistrados

A comunidade jurídica foi pega de sobressalto com o falecimento da juíza Patrícia Acioli, da 4ª vara Criminal de São Gonçalo/RJ. Ela foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira com mais de 10 tiros, quando chegava em sua casa, em Niterói.

12/8/2011


Crime

Assassinato da juíza de São Gonçalo/RJ relembra outros crimes contra magistrados


Alexandre Martins de Castro Filho, Patrícia Acioli, Antônio José Machado Dias

A comunidade jurídica foi pega de sobressalto com o falecimento da juíza Patrícia Acioli, da 4ª vara Criminal de São Gonçalo/RJ. Ela foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira com mais de 10 tiros, quando chegava em sua casa, em Niterói.

O caso da juíza choca, especialmente porque atentados contra membros do Judiciário são "raros" no Brasil. Veja outros casos similares.

Caso mais antigo, o dr. Pacífico Gomes de Oliveira Lima foi assassinado em Olímpia/SP nos anos 30 por uma fazendeira descontente com a decisão do juiz em caso de seu interesse.

  • Manoel Leite Barbosa

Na noite de 6 de setembro de 1986, em Rio Verde/GO, o juiz Manoel Leite Barbosa foi assassinado na garagem de casa. De acordo com informações do TJ/GO, José Augusto Gonçalves da Silva, acusado do assassinato, foi preso em Água Boa/MT em dezembro de 2006, em cumprimento a mandado de prisão expedido pelo juízo da comarca de Rio Verde.

  • Manoel Alves Pessoa Neto

Em 8 de novembro de 1997, o promotor de Justiça Manoel Alves Pessoa Neto foi assassinado dentro do fórum de Pau dos Ferros/RN. O ex-juiz Francisco Pereira de Lacerda, acusado de ser o mandante do crime, foi condenado a 35 anos de prisão.

Juiz de Direito e Diretor do fórum de Presidente Prudente/SP, Antônio José Machado Dias, 47 anos, foi surpreendido ao sair do fórum e levou dois tiros fatais, em março de 2003. Segundo informações da revista Veja On-line, o magistrado era rigoroso no tratamento aos detentos da região, entre os quais se incluíam líderes do PCC.

Em 2003, o juiz de Direito Alexandre Martins de Castro Filho também foi morto em razão da função, aos 32 anos. Ele foi alvejado por três tiros enquanto entrava em uma academia de ginástica na cidade de Vila Velha/ES. De acordo com informações da revista Veja, o juiz auxiliava a força-tarefa Federal criada para combater o crime organizado no Estado.

Outros casos

Ainda há histórias com final diferente, porém não menos violentas. Uma delas é o famoso caso do dr. Hely Lopes Meirelles, juiz de Ituverava/SP, que sobreviveu a atentado em pleno fórum pelo oficial do Exército e advogado Chrysógono de Castro Corrêa, o mesmo que, em 1952, em sessão da câmara Criminal do TJ/SP, atirou contra os desembargadores Paulo O. Costa, B. Alípio Bastos e Odilon da Costa Manso. Nenhum destes foi ferido; Chrysógono, preso em flagrante ainda no Palácio da Justiça, acabou seus dias na Penitenciária do Estado (clique aqui).

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