Migalhas Quentes

Movimento "Da Indignação à Ação" conta com apoio de entidades para exame do estudo de pedido de impeachment de Lula

x

16/11/2005

 

Movimento "Da Indignação à Ação" conta com apoio de entidades para exame do estudo de pedido de impeachment de Lula

 

O movimento "Da Indignação à Ação" de defesa da moralidade político-eleitoral no país recebeu apoio de entidades da sociedade civil para exame do estudo do pedido de impeachment do presidente Lula, em face da manobra do governo de tentar impedir a prorrogação da CPI dos Correios.

 

Lançado no último dia 31 de agosto, na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, o movimento é integrado por juristas, advogados, professores universitários, psicanalistas, médicos, intelectuais, promotores públicos, representantes da sociedade civil.

 

De acordo com um dos líderes do movimento, o advogado e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr., o PNBE, a Associação dos Advogados do Brasil, o Instituto dos Advogados e o vice-presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, manifestaram apoio ao estudo de pedido de impeachment.

 

Reale Jr sustenta que, entre os argumentos para o afastamento de Lula, está o fato de ter ficado claro que os deputados que votaram contra a prorrogação da CPI dos Correios receberam algum tipo de benefício do governo.

 

Ele diz que não importa o fato de a não-prorrogação ter sido revertida hoje de manhã, após contagem detalhada e conferência das assinaturas pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. “O ato imoral já fora praticado com a retirada das assinaturas.”

 

O ex-ministro, que foi o redator da petição de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, diz que a operação montada pelo Planalto para barrar a prorrogação da CPI, inclusive com promessas de liberação de verbas para parlamentares em troca da retirada de nomes do requerimento, já é motivo mais que suficiente para pedir o impedimento de Lula. "Ficou configurada a compra de deputados para conseguir barrar uma CPI que investiga seu governo. O presidente não pode mais comandar a nação."

 

Para Reale Jr., o presidente não só faltou com o decoro do cargo ao liberar verbas para barrar a investigação, como mentiu à Nação, o que configura crime de responsabilidade. "Na sua última entrevista ele falou que não iria interferir nas investigações. Mentiu e agora deve ser responsabilizado com a perda do mandato", afirma.

 

O pedido de impeachment do presidente Lula será discutido no próximo dia 22, em Brasília, em reunião do movimento Da Indignação à Ação com o movimento Pró-Congresso e entidades da sociedade civil.

 

___________________

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

Aos gritos, promotor chama advogado de “safado, pilantra, bosta e frouxo”

25/4/2024

MP/BA cumpre mandados em escritórios acusados de litigância predatória

24/4/2024

STJ: Demora em fila de banco além de prazo legal não gera dano moral

24/4/2024

MP/SP arquiva caso de abuso de autoridade de policial contra advogado

25/4/2024

STJ aplica honorários por equidade em execução fiscal

25/4/2024

Artigos Mais Lidos

Do “super” cônjuge ao “mini” cônjuge: A sucessão do cônjuge e do companheiro no anteprojeto do Código Civil

25/4/2024

Domicílio judicial eletrônico

25/4/2024

Pejotização: A estratégia que pode custar caro

25/4/2024

Transação tributária e o novo programa litígio zero 2024 da RFB

25/4/2024

PIS e Cofins em locações: A incidência depende do objeto social da empresa?

25/4/2024