Migalhas Quentes

Má-fé: Advogado é multado por ajuizar ação sem autorização da parte

Juiz detectou indícios de litigância predatória.

5/8/2023

Juiz de Direito Eduardo Calvert, da 4ª vara Cível de Suzano/SP, julgou extinto processo movido contra uma instituição bancária e condenou por litigância de má-fé advogado que ajuizou ação sem o consentimento da autora. Foi estabelecida multa de R$ 6,6 mil, além do custeio das despesas processuais e honorários.

Segundo os autos, o advogado propôs a demanda mediante procuração, mas a autora negou ter assinado o documento e declarou que nunca autorizou a propositura, além de não ter interesse em seu prosseguimento.

De acordo com o magistrado, a relação cliente-advogado se baseia na confiança mútua.(Imagem: Freepik)

De acordo com o magistrado, a falta de consentimento constitui irregularidade insanável que enseja a extinção do processo, nos termos do CPC, frisando que foram constatados indícios da chamada litigância predatória.

Ademais, de acordo com o julgador, a relação cliente-advogado se baseia na confiança mútua, de modo que soa absurdo a autora não ter sequer ciência da propositura da presente demanda.

No caso dos autos, conforme depoimento expresso da própria autora, o patrono tentou ludibriar o juízo, inclusive apresentando uma procuração desprovida de existência jurídica, e movimentou o Poder Judiciário de forma indevida, de modo que deverá ser considerado litigante de má-fé e punido com a sanção correlata, com especial ênfase no caráter pedagógico da medida.

Leia a sentença.

Informações: TJ/SP.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas de Peso

Advocacia predatória e a necessidade de combate a essa prática no Brasil

8/7/2023
Migalhas Quentes

Juiz extingue 1.476 processos com indícios de litigância predatória

28/3/2023
Migalhas Quentes

Por ações idênticas, advogado e clientes são condenados em má-fé

12/12/2022
Migalhas Quentes

Má-fé: Advogado que montou escritório em frente a banco é condenado

21/7/2022
Migalhas Quentes

Advogada e cliente são condenadas por má-fé: “ação predatória”

10/7/2021

Notícias Mais Lidas

STF derruba cotas que favoreciam alunos locais no ensino superior

2/12/2025

Morre Ary Oswaldo Mattos Filho

2/12/2025

STJ cancela sessões em razão do velório da ministra Assusete Magalhães

2/12/2025

STF: Partido questiona regras que reduzem dever de indenizar de aéreas

2/12/2025

Marcio Garcia terá de responder por dívida de aluguel de R$ 1,5 milhão

2/12/2025

Artigos Mais Lidos

Autonomia patrimonial e seus limites: A desconsideração da personalidade jurídica nas holdings familiares

2/12/2025

Pirataria de sementes e o desafio da proteção tecnológica

2/12/2025

Você acha que é gordura? Pode ser lipedema - e não é estético

2/12/2025

Tem alguém assistindo? O que o relatório anual da Netflix mostra sobre comportamento da audiência para a comunicação jurídica

2/12/2025

Frankenstein - o que a ficção revela sobre a Bioética

2/12/2025