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STF: Barroso anuncia acordo que amplia uso de câmeras por PMs em SP

Pacto eleva em 25% o uso de câmeras corporais na PM de São Paulo, totalizando 15 mil unidades.

8/5/2025

Nesta quinta-feira, 8, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou, durante sessão plenária da Corte, a homologação de um acordo firmado entre o Estado de São Paulo, a DPE/SP e as organizações Conectas e Justa, a respeito da instalação de câmeras corporais na PM paulista.

Entre as medidas, o acordo prevê o aumento de 25% no número de câmeras. Assim, o total de equipamentos passará a 15 mil unidades, contemplando todos os batalhões classificados como de alta e média prioridade.

Veja o anúncio:

Entenda

O pacto foi firmado no âmbito de uma ação de autoria da DPE/SP, apresentado em conjunto com as entidades da sociedade civil, diante de preocupações com o crescimento de mortes em operações policiais e mudanças na política de monitoramento por câmeras.

As alterações ocorreram após a implementação do programa "Muralha Paulista" pelo governo estadual, que introduziu um novo modelo de funcionamento e gravação dos dispositivos.

Diante do cenário, o STF foi provocado para avaliar os impactos constitucionais e estruturais dessas mudanças.

A Corte adotou uma postura de diálogo e conduziu o caso por meio de uma mediação técnica, que incluiu visitas institucionais à secretaria de Segurança Pública para análise do funcionamento dos novos equipamentos.

Uma dessas inspeções ocorreu em 14 de fevereiro de 2024 e contou com a presença de autoridades dos três Poderes paulistas, inclusive o governador Tarcísio de Freitas.

Principais medidas do acordo

O acordo homologado contempla uma série de medidas voltadas ao aprimoramento da política de monitoramento policial, com foco na transparência e na proteção de agentes e cidadãos. Os principais pontos incluem:

Cooperação institucional e respeito aos direitos

Ao anunciar a homologação, ministro Barroso destacou o caráter colaborativo das negociações e o esforço técnico das instituições participantes.

"Esse é um exemplo de conciliação que busca equilibrar a liberdade da administração pública para formular políticas e a garantia dos direitos fundamentais, sobretudo dos mais vulneráveis", afirmou o presidente do STF.

O acompanhamento da implementação do acordo ficará sob responsabilidade da 11ª vara da Fazenda Pública da Capital de São Paulo, instância que já conduzia a ação civil pública original. Em caso de descumprimento grave das cláusulas pactuadas, o STF poderá voltar a atuar no processo.

Barroso concluiu ressaltando a importância do modelo adotado. "Essa decisão reforça a compreensão que todos temos sobre a importância dos métodos consensuais de solução de litígios", pontuou.

Veja o termo de audiência e a decisão de homologação.

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