Migalhas Quentes

Advogada destaca conquistas e desafios digitais nos 35 anos do CDC

Segundo Patrícia Martins, sócia de Direito do Consumidor do TozziniFreire Advogados, a lei consolidou direitos, fortaleceu o equilíbrio nas relações de consumo e, agora, precisa se adaptar à inteligência artificial, aos contratos digitais e ao open finance.

10/9/2025

O Código de Defesa do Consumidor completa 35 anos amanhã, 11, e segue sendo um dos pilares das relações de consumo no país.

Ao longo de mais de três décadas, a legislação garantiu avanços para consumidores e trouxe previsibilidade para empresas, mas agora enfrenta os desafios de um ambiente digital em constante transformação.

"O CDC foi um divisor de águas nas relações de consumo no Brasil. Inspirado pela Constituição de 1988, ele consolidou direitos fundamentais, reconheceu a vulnerabilidade do consumidor e estabeleceu regras claras para fornecedores", afirma Patrícia Martins, sócia na área de Direito do Consumidor do TozziniFreire Advogados.

"Isso trouxe mais equilíbrio, transparência e segurança jurídica para o mercado, beneficiando tanto consumidores quanto empresas", completa.

Segundo Patrícia, o CDC nasceu em uma época analógica, mas se mostrou flexível para enfrentar os desafios da era digital. 

"Ao longo dos anos, viu-se diante de temas como proteção de dados pessoais, comércio eletrônico, publicidade digital e responsabilidade em cadeias complexas de fornecimento. Essa evolução permitiu que o CDC continuasse relevante diante de novas formas de consumo e inovação tecnológica", afirma.

Patrícia Martins, sócia na área de Direito do Consumidor do TozziniFreire Advogados.(Imagem: Divulgação)

Entre as principais conquistas, Patrícia destaca avanços tanto para consumidores quanto para fornecedores.

"Entre as conquistas, destacam-se a criação de garantias legais e contratuais mais claras, o fortalecimento dos canais de atendimento ao consumidor, avanços na tutela coletiva e diretrizes robustas contra práticas abusivas e publicidade enganosa. Para fornecedores, o CDC trouxe maior previsibilidade e padronização de condutas, além de incentivar boas práticas empresariais", ressalta.

Já em relação ao futuro, a especialista vê um cenário de novos testes à solidez da lei. "Os desafios atuais envolvem temas como inteligência artificial, contratos inteligentes, open finance e apostas online. Essas inovações testam diariamente a solidez dos princípios do CDC".

"O futuro exigirá respostas regulatórias ágeis, cooperação entre autoridades e atualização constante da interpretação da lei para garantir a proteção do consumidor em um ambiente cada vez mais digital e dinâmico", finaliza Patrícia.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

TST afasta penhora de aposentadoria de procurador que levantou valores indevidos

2/12/2025

TRF-1 autoriza mãe a sacar FGTS para tratamento de filho autista

2/12/2025

TRT da 2ª região inclui esposa de sócio em execução trabalhista

2/12/2025

CNJ lança base de dados de partes envolvidas em ações para uso de juízes

2/12/2025

Moraes diz que Judiciário virou alvo por ser “o mais forte do mundo”

2/12/2025

Artigos Mais Lidos

Abertura de empresas e a assinatura do contador: Blindagem ou burocracia?

3/12/2025

Como tornar o ambiente digital mais seguro para crianças?

3/12/2025

Recuperações judiciais em alta em 2025: Quando o mercado nos lembra que agir cedo é um ato de sabedoria

3/12/2025

Seguros de danos, responsabilidade civil e o papel das cooperativas no Brasil

3/12/2025

ADPF do aborto - O poder de legislar é exclusivamente do Congresso Nacional

2/12/2025