A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira, 6, quatro advogados suspeitos de integrar o núcleo jurídico e operacional de uma facção criminosa com atuação no sistema prisional do estado.
A operação, denominada Roque, é um desdobramento da Operação Xeque-Mate e teve mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Amazonas.
De acordo com as investigações, os profissionais, que possuíam acesso privilegiado a unidades prisionais, estariam replicando ordens, bilhetes e deliberações estratégicas da organização, simulando atos de advocacia para encobrir comunicações ilícitas e repasses financeiros.
A atuação dos investigados visava manter a hierarquia criminosa entre lideranças internas e externas, permitindo a continuidade de ordens de caráter interestadual e transnacional.
Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais localizados em Manaus/AM. A operação resultou na apreensão de equipamentos eletrônicos, mídias digitais, documentos e valores em espécie, que serão submetidos à análise pericial.
A OAB/AM acompanhou toda a operação, garantindo o cumprimento das garantias legais e o respeito às prerrogativas profissionais dos investigados. A entidade reforçou que o acompanhamento visou assegurar a observância dos preceitos constitucionais que regem o exercício da advocacia no Estado Democrático de Direito.
A FICCO/AM é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Polícia Civil do Amazonas, Polícia Militar do Amazonas, Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência, Secretaria de Administração Penitenciária e Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social.
O grupo visa promover a integração e a cooperação entre as forças de segurança em ações de prevenção e repressão ao crime organizado e à criminalidade violenta.