MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. STF define que decisões sobre ITCMD valem a partir de abril de 2021
Modulação

STF define que decisões sobre ITCMD valem a partir de abril de 2021

Corte proibiu Estados de cobrarem ITCMD sem lei complementar regulando o tema.

Da Redação

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Atualizado em 21 de fevereiro de 2022 14:02

O plenário do STF definiu que as decisões da Corte em ADIns sobre leis estaduais que disciplinam o ITCMD passam a produzir efeito a partir de abril de 2021. Nessas ações, a Corte definiu que Estados não podem cobrar o imposto nas hipóteses de doações e heranças instituídas no exterior se não houver lei complementar que regulamente o tema.

20 de abril de 2021 é a data da publicação do acórdão proferido no RE 851.108, julgamento no qual o STF definiu que Estados não podem criar leis para tributar bens doações e heranças de bens no exterior, sem que haja lei complementar exigida constitucionalmente.

 (Imagem: Dorivan Marinho/STF)

(Imagem: Dorivan Marinho/STF)

Os ministros decidiram que, tal como constatado no julgamento do tema 825 da repercussão geral, "razões de segurança jurídica impõem o resguardo de situações consolidadas e, por consequência, a modulação dos efeitos da presente declaração de inconstitucionalidade".

Assim, aderiram à modulação proposta pelo ministro Luís Roberto Barroso para que: "o acórdão de mérito proferido nesta ação tenha eficácia a partir da publicação do acórdão prolatado no RE 851.108 (20/4/21), ressalvando-se as ações judiciais pendentes de conclusão até o mesmo marco temporal em que se discuta (1) a qual Estado o contribuinte deveria efetuar o pagamento do ITCMD, considerando a ocorrência de bitributação; ou (2) a validade da cobrança desse imposto, não tendo sido pago anteriormente".

A Corte julgou procedentes as ADIns de 14 estados, para declarar a inconstitucionalidade das leis estaduais sobre o tema, com eficácia pró-futuro a partir de 20 de abril de 2021. São eles: PE, PB, MA, RO, RS, PI, AC, GO, ES, CE, BA, AM , AP e MG.

Decisões se deram em meio virtual.

Leia o voto do ministro Fachin na ADIn 6.834, sob sua relatoria, e o voto do ministro Barroso na ADIn 6.831, de sua relatoria.

Patrocínio

Patrocínio Migalhas