Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, dos mais de 74,2 mil casos de violações patrimoniais em 2024, 43,6 mil atingiram pessoas com 60 anos ou mais, fazendo desse grupo o principal alvo dos golpistas.
Já a CGU - Controladoria-Geral da União revelou que 97,6% dos aposentados e pensionistas ouvidos durante auditoria sobre descontos indevidos no INSS afirmaram não ter autorizado essas cobranças - mesmo apresentadas como supostamente legais. Esses números reforçam o alerta: idosos estão em situação de especial vulnerabilidade no universo das fraudes financeiras.
A fragilidade dos idosos nesse cenário vem da dificuldade com a tecnologia digital e aplicativos. A CGU apontou que mais de 40% dos entrevistados sequer conheciam o app Meu INSS, e muitos sequer receberam extratos impressos para conferir descontos ou contratos suspeitos. Além disso, golpes - especialmente por telefone, WhatsApp ou correspondentes bancários - são frequentemente disfarçados de ofertas “boas demais”.
A prevenção começa com vigilância e informação: jamais forneça senhas, dados pessoais ou fotos de documentos por telefone ou WhatsApp, mesmo que a pessoa diga ser do banco. Consulte sempre os canais oficiais antes de qualquer ação, e desconfie de contatos urgentes ou que pedem “ajuda imediata” para desbloquear serviços ou cancelar produtos.
Se você ou alguém que você conhece já foi vítima, não espere. Contate o banco imediatamente para bloquear transações suspeitas e registar reclamações. Procure também auxílio jurídico especializado - um advogado focado em Direito Bancário pode avaliar o caso, verificar a responsabilidade objetiva da instituição financeira e orientar sobre ações cabíveis, desde reparação de danos até cancelamentos formais de contratos fraudulentos.