Ao se deparar com uma fatura impagável, muitos consumidores acreditam que a saída mais segura é aceitar o parcelamento oferecido pelo próprio banco. À primeira vista, a proposta parece tentadora: parcelas fixas, prazo alongado e a promessa de “alívio” imediato.
No entanto, é preciso ter cuidado. O perigo está na falsa sensação de resolução do problema. O parcelamento, em regra, não extingue a dívida, apenas a reorganiza em parcelas que muitas vezes comprometem o orçamento por meses ou até anos. Isso pode levar o consumidor a um novo ciclo de endividamento, em que o alívio momentâneo se transforma em uma obrigação duradoura e, no fim, muito mais onerosa do que o débito original.
Vale destacar que o banco lucra com esse mecanismo, pois garante o recebimento dos juros ao longo de todo o contrato. O consumidor, por outro lado, assume um compromisso que pode restringir sua capacidade de negociar descontos mais expressivos.
O maior erro é acreditar que o banco sempre apresentará a melhor solução. Negociar sozinho pode levar à assinatura de condições abusivas. A orientação profissional faz diferença: um advogado especializado pode analisar a dívida, indicar se há cobrança indevida e conduzir a negociação de forma estratégica.
Afinal, esperar que a instituição financeira ofereça espontaneamente a saída mais benéfica é ingenuidade - e pode transformar o que parecia solução em mais uma armadilha.