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Os piores erros de quem deve no cartão de crédito

Como decisões impulsivas podem transformar uma dívida alta em um verdadeiro desastre financeiro e jurídico - e como evitá-lo.

17/12/2025
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Quando a fatura do cartão já não cabe mais no bolso, é comum o consumidor agir pelo desespero - e é justamente aí que mora o perigo. O primeiro erro, e talvez o mais comum, é acreditar que pagar apenas o mínimo da fatura “quebra um galho”.

Na prática, o mínimo apenas prolonga a dívida, multiplica os encargos e mantém o consumidor preso no rotativo, o crédito mais caro do país. Quem paga o mínimo não reduz a dívida: alimenta um monstro financeiro que cresce todos os meses.

Outro equívoco grave é aceitar, sem análise técnica, a renegociação oferecida pelo próprio banco. A proposta pode parecer “boa” no momento de aflição, mas geralmente transforma uma dívida já pesada em um contrato ainda mais caro e mais longo.

Além disso, muitos consumidores não sabem que a renegociação não impede o banco de seguir para a cobrança judicial - ao contrário, em diversos casos ela acelera o procedimento, porque consolida o valor e facilita a execução.

Também é perigosa a crença de que se pode “resolver sozinho” uma dívida que já ultrapassou R$ 100 mil. Dívidas nesse patamar deixam de ser um problema simples para se tornar uma questão jurídica séria, que envolve análise de juros, abusividades, contratos e estratégias de defesa.

Quanto maior a dívida, maior o risco de o consumidor tomar decisões que comprometam completamente sua capacidade financeira e seu patrimônio - e mais indispensável se torna a orientação profissional.

Por fim, um dos erros mais custosos é procurar um advogado apenas quando o banco já ajuizou uma ação. Nessa etapa, as opções se tornam limitadas e os custos aumentam significativamente. Em matéria de dívida bancária, informação, prevenção e assessoria especializada são a diferença entre recuperar o controle da vida financeira - ou entregar o volante aos credores.

Autor

Bruna Souza Advogada especialista em Direito Bancário, com atuação nacional. Graduada pela UEMS e pós-graduada em Processo Civil pela UERJ. Sede do escritório em São Paulo/SP. Instagram: @brunasouza.advogada

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