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Em semana dedicada à análise de documentos, depoimento de Gushiken à CPMI dos Correios é adiado

5/9/2005


Em semana dedicada à análise de documentos, depoimento de Gushiken à CPMI do Correios é adiado

A CPMI dos Correios não vai ouvir, nesta semana, o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, como programado anteriormente, já que o Congresso estará esvaziado pelo recesso da Semana da Pátria. Segundo o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o período será de análise de documentos. O presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), também informou que a semana será dedicada a trabalhos internos e anunciou a criação de duas subcomissões, destinadas a investigar denúncias relacionadas aos fundos de pensão e ao IRB - Brasil Resseguros.

Quanto ao adiamento da convocação de Gushiken, Serraglio comentou que será benéfico. "A própria oitiva do ex-ministro Gushiken, quanto mais a postergarmos, mais proficiente será porque teremos condições de avançar nas análises dos documentos. Uma coisa é você perguntar ao ministro a partir de notícias divulgadas ou de algum depoimento esparso. Outra é ter a análise - que ainda não temos - dos contratos de publicidade e das operações, como se realizaram, como os editais foram emitidos", disse.

Serraglio acrescentou que o depoimento pode ser marcado para a semana seguinte, que teria, assim, dois depoimentos em vez de um, como agendado inicialmente (Daniel Dantas, do Opportunity, está convocado para o dia 14). O deputado também afirmou acreditar nas investigações sobre as denúncias de corrupção que já estão sendo feitas por órgãos como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União.

"Está havendo, sim, um avanço, mas é muita coisa, nós estamos devassando o país, é quase uma operação mãos-limpas. O que vale é que a população já percebeu mudanças radicais, ainda que sejam não em relação a levantamentos, mas ao que elas ocasionaram", completou.

O presidente da CPI adiantou que em 15 dias a comissão deve divulgar mais um relatório parcial.

"A CPI entra agora numa nova fase, menos política e mais técnica, principalmente na busca das origens dos recursos e na análise de contratos", destacou Delcídio, que anunciou a contratação de uma empresa de consultoria para auxiliar os parlamentares nos trabalhos de investigação.

O senador acrescentou que as CPIs vão trabalhar muito esta semana, "só que longe dos holofotes". Além da análise dos documentos, a comissão que investiga casos de corrupção nos Correios deverá preparar a agenda para este mês.

As CPIs dos Bingos e do Mensalão também estão sem reuniões agendadas para a Semana da Pátria, que deverá ser destinada a acelerar o exame de documentos que já estão de posse dos parlamentares, como informaram as secretarias das duas CPIs.

Conselho de Ética

O relator Osmar Serraglio afirmou que é preciso dar um prazo para o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti, tomar as providências sobre o envio do pedido de cassação dos 18 deputados envolvidos com o mensalão ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O pedido foi aprovado na quinta-feira em relatório conjunto das CPIs dos Correios e do Mensalão.

"Mas um prazo no limite do necessário para que tome as providências e que fique claro que não está postergando", disse.

Serraglio acredita que o envio dos pedidos de cassação pela Mesa Diretora da Câmara tem mais peso político, e que só se houvesse demora, por parte do presidente da Casa, no encaminhamento da documentação ao Conselho de Ética é que os partidos deveriam encampar o pedido.
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