Migalhas Quentes

Imobiliária é condenada por litigância de má-fé por negar período de vínculo com advogada

Empresa pedia pela limitação da condenação à data de inscrição da autora na OAB, em 2008, sustentando que ela atuava como advogada autônoma desde 2007.

5/3/2015

Uma imobiliária do RJ foi condenada a pagar multa por litigância de má-fé por proceder com deslealdade em processo ajuizado por advogada, que teve vínculo empregatício reconhecido entre outubro de 2007 e dezembro de 2009.

Ao manter decisão de 2º grau, a 6ª turma do TST levou em conta que a empresa agiu de forma temerária, visto que, no recurso, pedia pela limitação da condenação à data de inscrição da autora na OAB, em 2008, sustentando que ela prestava serviços como advogada autônoma desde 2007.

O TRT da 1ª região considerou que a atitude caracterizaria, no mínimo, "um conluio com a prática irregular da profissão".

Multa

Na reclamação trabalhista, a advogada informou que executava na imobiliária todos os serviços rotineiros de elaboração de contratos de locação de imóveis, orientação jurídica, acompanhamento em audiências trabalhistas e cíveis, elaboração de convenções de condomínios e representava a empresa em assembleias.

O juízo de 1º grau entendeu que havia subordinação jurídica, pois a advogada possuía, inclusive, "jornada de trabalho e mesa própria", e reconheceu o vínculo de emprego. Ao recorrer ao TRT, a empresa argumentou que o vínculo devia se limitar à data de inscrição da advogada na OAB/RJ. Em razão do pedido, a Corte aplicou multa de 10 % sobre o valor da causa, em favor da trabalhadora, por litigância de má-fé.

Conhecimento inviável

No recurso ao TST, a empregadora afirmou que não houve nenhum ato malicioso que justificasse a imposição da multa e que suas afirmações não demostraram deslealdade.

Ao examinar a questão, a relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, destacou que é vedado ao TST, nos termos da súmula 126, examinar provas para verificar se a imobiliária se enquadra em algum dos incisos do artigo 17 do CPC, que alegou ter sido violado. Por esse motivo, negou provimento ao recurso.

Confira a decisão.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

Aos gritos, promotor chama advogado de “safado, pilantra, bosta e frouxo”

25/4/2024

MP/SP arquiva caso de abuso de autoridade de policial contra advogado

25/4/2024

STJ aplica honorários por equidade em execução fiscal

25/4/2024

Cão Joca: Legislativo e ministério da Justiça se posicionam sobre caso

25/4/2024

Promotor que chamou advogado de “bosta” é alvo de reclamação no CNMP

25/4/2024

Artigos Mais Lidos

Do “super” cônjuge ao “mini” cônjuge: A sucessão do cônjuge e do companheiro no anteprojeto do Código Civil

25/4/2024

Domicílio judicial eletrônico

25/4/2024

Pejotização: A estratégia que pode custar caro

25/4/2024

Transação tributária e o novo programa litígio zero 2024 da RFB

25/4/2024

Burnout, afastamento INSS: É possível?

26/4/2024