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Ex-governador do AM deixa prisão e cumprirá pena domiciliar

José Melo é suspeito de envolvimento com desvios no sistema de Saúde do Estado.

28/12/2017

O ex-governador do AM, José Melo, preso durante a operação Estado de Emergência da PF, deixou nesta quarta-feira, 27, o Centro de Detenção Provisória Masculino, em Manaus, para cumprir pena domiciliar.

De acordo com Seap – secretaria estadual de Administração Penitenciária, Melo deixou a unidade prisional por volta das 9h30. Na semana passada, a Justiça Federal do AM concedeu ordem de prisão ao ex-governador e, ontem, 26, o magistrado converteu a prisão temporária em domiciliar.

Além de Melo, foram soltos os ex-secretários estaduais Afonso Lobo (Fazenda) e Wilson Alecrim (Saúde), detidos sob a acusação de participar do mesmo esquema de desvio de recursos públicos.

Melo teve o mandato cassado em maio deste ano, por compra de votos nas eleições de 2014 e é suspeito de ser um dos políticos que receberam propina originada de valores desviados do Fundo Estadual de Saúde, para direcionar contratos, liberar pagamentos e acobertar os crimes praticados no sistema de Saúde do Estado.

Segundo o MPF, um relatório fornecido pelo Ministério da Fazenda mostra que a movimentação financeira do ex-governador era incompatível com sua renda e sugere práticas suspeitas, como a realização de frequentes saques em dinheiro em contas receptoras de transferências eletrônicas de várias origens, além de movimentação de grandes quantias em benefício de terceiros.

Nota técnica do Ministério da Transparência e da CGU aponta indícios de que o aumento do patrimônio pessoal do ex-governador é incompatível com o quanto ele ganhava à época. No período, José Melo adquiriu um imóvel avaliado em cerca de R$ 7 milhões, além de ter reformado seu sítio.

O Ministério Público afirma ainda que as investigações indicam que o ex-secretário estadual de Administração e irmão do ex-governador, Evandro Melo, atuou como uma espécie de intermediário.

Ele foi preso no último dia 13 na operação Custo Político, que apura o envolvimento de agentes públicos em esquema de pagamento de propina com recursos públicos destinados à saúde do Estado. Outros 11 investigados também foram presos na ocasião, acusados de receber ao menos R$ 20 milhões em propina.

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